O Poder Judiciário de Mato Grosso absolveu o ex-secretário Kleber Alves de Lima, acusado de assédio moral e sexual contra servidores da Secretaria de Estado de Comunicação em 2017. A decisão foi proferida pela juíza Célia Regina Vidotti e publicada nesta terça-feira (1°).
Conforme a decisão, a ação de improbidade administrativa contra o ex-secretário é improcedente. Em setembro de 2017, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu o afastamento imediato do ex-secretário e o denunciou com o argumento que Kleber usou a posição de autoridade para prejudicar as servidoras que relataram casos de abusos. Já em 2018, o ex-secretário virou réu do caso.
“Considerando que a conduta atribuída ao requerido não é mais prevista na lei como ato de improbidade administrativa, julgo improcedente o pedido, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil”, diz a juíza.
Em nota, Kleber lamentou que o caso levou sete anos para ser concluído e afirmou que agora pode seguir a vida aliviado.
“Fui afastado do cargo e condenado pelo tribunal da opinião pública sem nunca ter sido ouvido nem julgado. Somente este ano pude falar para a Justiça, que somente agora, sete anos e dois dias depois, me absolve e arquiva o caso por falta de provas. Me sinto liberto do peso da desonra que me impuseram. Sigo minha vida aliviado por finalmente ter sido feito justiça, sem carregar mágoa nem vingança em meu coração”, declarou.
Já o advogado da defesa do ex-secretário disse ao G1 que o caso marcou a vida de Kleber, mas que ficou contente com a decisão: “A justiça, ainda que tardia, foi feita”.
Relembre o caso
Em 2017, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu o afastamento imediato do secretário de Comunicação de Mato Grosso, Kléber Lima, e o denunciou por assédio moral e sexual contra jornalistas que trabalham como assessores de imprensa no órgão e improbidade administrativa. Os servidores ainda alegavam que o secretário ameaçou grampear os telefones dele, após suposto vazamento de informações sobre ele.
O argumento para o pedido de afastamento é de que ele teria remanejado ou colocado à disposição de outros setores servidores que prestaram depoimento aos promotores que investigam as denúncias contra ele.
Na época, o advogado Paulo Fabrini Medeiros, responsável pela defesa de Kleber Lima, disse que essa denúncia é um “absurda e infundada”.
Em 2018, Kléber Lima virou réu do caso e a defesa recorreu da decisão.
(Publicado originalment eno G1/MT)