Cinco integrantes do Comando Vermelho foram condenados pelo juiz da 7ª Vara Criminal, Jean Bezerra, pelo envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Tijucal em Cuiabá. A sentença é desdobramento da Operação Bereu, deflagrada em 2021 pela Polícia Civil, que resultou numa denúncia criminal do Ministério Público de Mato Grosso.

Foram condenados, pelo crime de associação para o tráfico, Toleacil Natalino da Costa (vulgo “Tulio”, “Tutano” ou “Trolha”), Anderson Carlos Alves Pinheiro (vulgo “Bidê”), Rogério Nabarrete (vulgo “Branco”), Gleison Correa dos Santos (vulgo “Greisson” ou “Gredison”) e Luis Fernando Vital da Silva (vulgo “Luis Bota” ou “Bota”). Eles foram absolvidos do crime de organização criminosa.

De acordo com o processo, Toleacil exercia o comando do CV e do tráfico de drogas na região do Tijucal. O magistrado ressaltou que o condenado acumula condenações, cuja pena ultrapassa 99 anos de prisão. Nesta ação ele foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado.

Já Anderson, apontado como gerente da facção no Tijucal, foi condenado a 11 anos, 3 meses e 20 dias de prisão em regime fechado. Ambos deverão cumprir a penam em regime fechado.

Por outro lado, foram absolvidos por falta de provas Jihad Dahronj Dilenardo (vulgo “Turco”); Michael Gonçalves Do Amaral (vulgo “Ninja”, “Miko”, “Maicon” ou “Michel”); e Jackson Souza da Costa Silva Portela (vulgo “JJ”).

“Ambos integram a organização criminosa Comando Vermelho nas condições, respectivamente, de liderança e gerência, coordenando as ações da facção e o tráfico de drogas na região do Tijucal, pelo que se evidencia a necessidade de manutenção da prisão como forma de resguarde da ordem pública”, diz um dos trechos da sentença.

O magistrado ainda criticou o poder chefiado pelo crime organizado que desafia às autoridades constituídas.

“O grupo criminoso se instaura como verdadeiro Poder Paralelo causador de inúmeros problemas na sociedade, atuando dentro e fora dos presídios de todo o país, ordenando ‘salves’ e até morte de desafetos, de modo a exercer uma intimidação coletiva, pelo que merece valoração negativa”, registrou. (Repórter MT)