A Polícia Civil deflagrou a ‘Operação Reset’ para cumprir mandados de busca e apreensão contra duas pessoas investigadas no caso da “Grampolândia Pantaneira”, desvendado em 2017. Nesta quarta-feira (14), o servidor da Casa Civil Rosinaldo Nunes de Almeida foi afastado do cargo de chefe de protocolo.
De acordo com o documento, a Justiça impediu o servidor de manter contato com o ex-secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, com o ex-governador Pedro Taques e o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Consta ainda na decisão que o segundo alvo da operação, a servidora aposentada Rosângela da Silva Oliveira, era responsável por cadastrar o protocolo original e cancelar o seu trâmite.
Com isso, Rosinaldo conseguia inserir novos documentos no lugar dos originais, fornecendo indícios de que agiram previamente ajustados, de modo que o contato entre ambos poderia propiciar uma manipulação de versões para dificultar as investigações.
ARAPONGAGEM
O caso das interceptações telefônicas clandestinas emergiram, em 2017, e tiveram como principal mote uma denúncia do promotor de Justiça Mauro Zaque, que deixou a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele revelou o caso, levando-o ao conhecimento do então governador Pedro Taques.
Segundo a denúncia, policiais militares e integrantes da cúpula do governo do Estado mantinham escutas telefônicas grampeando as linhas de políticos, empresários, juízes e jornalistas. Para conseguir autorização judicial, os números eram anexados a uma lista para interceptação de pessoas investigadas por tráfico de drogas na comarca de Cáceres. O esquema também era conhecido como “barriga de aluguel”.