Parcela considerável da energia do mandato do ex-governador  e ex-senador Júlio Campos (UB), se eleito deputado estadual, será destinada à luta por dingnidade no tratamento dos idosos e dos dependentes químicos, em Mato Grosso.

Aos 75 anos, ele observou que o atual mandato do governador Mauro Mendes (UB), a quem apóia à reeleição, ficou devendo para a sociedade mato-grossense, nestes quesitos.

 

Desde o ano passado, Júlio Campos vem estudando meticulosamente o Estatudo do Idoso de Mato Grosso (Lei Complementar 131/2003), instituída pelo então governador Blairo Maggi, em julho de 2003; e o Estatuto do Idoso (Lei Federal 10.741/2003), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destinada a regular os interesses e garantias das pessoas idosas.

“É essencial que sejam cumpridas as diretrizes em prol dos idosos. Do jeito que está, hoje, não pode continuar”, ponderou Campos, sobre como vai atuar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a partir de 2023.

Júlio Campos é o segundo candidato mais experiente, nas eleições deste ano, em Mato Grosso. O mais velho  é ex-governador e atual deputado federal Carlos Gomes Bezerra, 81 anos, candidato à reeleição.

Dependentes químicos

Júlio Campos argumentou que o governo de Mato Grosso deve priorizar a construção de Centros de Tratamento de Dependentes Químicos, em parceria com as prefeituras. Ele citou que existe uma “verdadeira epidemia” de homens e mulheres usando drogas lícitas e ilícitas; e que necessitam de cuidados especiais, tanto na área social quanto de saúde.

Nos últimos anos, segundo ele, o poder público mato-grossense tem tratado o dependente químico essencialmente como problema de segurança pública (de polícia), ao invés de ser questão de saúde.

“Sem os centros de tratamento, vão encher as cadeias e presídios do Estado, e o problema continuará aumentando. Porque o dependente químico é aquele que não consegue reconhecer que perdeu o controle da situação e que possui uma doença grave; ele não acredita que as drogas podem causar prejuízos à sua saúde, pois se encontra preso a elas”, ponderou Campos.

 

Ao citar que vai cobrar “ações práticas” do governo, o ex-senador recordou que o dependente químico não tem condições sequer de ser penalizado. “Ele possui uma doença crônica que afeta todas as áreas da sua vida, apresenta compulsão pelo uso de drogas. É essencial tratamento multidisciplinar”, resumiu Júlio.

Em Cuiabá e Várzea Grande, existem alguns Centros de Tratamento Psicossocial (CAPs), em funcionamento. Existe um consenso de especialistas de que o modelo é arcaico e deve ser atualizado, para melhorar em eficácia.

Júlio Campos foi governador de Mato Grosso, senador da República por Mato Grosso (na época, se elegeu primeiro secretário do Senado), três vezes deputado federal, prefeito de Várzea Grande e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).