O ex-governador e ex-senador Júlio Campos (União Brasil) assegurou que, se eleito deputado estadual, em outubro deste ano, vai empunhar a bandeira em defesa da habitação de interesse social, destinada prioritariamente às famílias de baixa renda. “Casa própria é cidadania; é dignidade para o chefe de família”,  ponderou ele.

Em entrevista para o portal de notícias Cuiabano News, ele recordou que, em seu mandato à frente do governo de Mato Grosso (1983-86), construiu mais de 77 mil unidades, principalmente porque decidiu concluir alguns conjuntos habitacionais começados pelo seu antecessor, ex-governador Frederico Campos (in memorian), no período 1979-1983.

“Fizemos um governo com ampla visão social.  Nós construímos CPA-I, II, III e IV, Tijucal, Cohab São Gonçalo, Santa Amália e Morada do Ouro, em Cuiabá; Cohab Cristo Rei, Jardim Imperial, Asa Bela e Asa Branca, em Várzea Grande”, lembrou ele, abrangendo o período de 1979 até 1986, por ser tratar de governos de continuidade.

Na época, quem comandava a extinta Fundação de Promoção Social (Prosol) era a então primeira-dama Isabel Coelho Pinto de Campos (in memorian), sua esposa, responsável pelo cadastro das famílias humildes. Isabel Campos faleceu em 2012, vítima de câncer.

Júlio Campos afirmou que vai exigir que 25% do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) seja destinado à construção de casas populares, nos municípios de Mato Grosso.  “Na verdade é o que determina a própria lei do Fethab. Mas hoje o dinheiro é destinado exclusivamente para as rodovias”, argumentou o ex-governador, para o Cuiabano News, em seu escritório político, no Ipase, em Várzea Grande.

Nesse contexto, Campos avalia que o governo Mauro Mendes está em dívida com a área social de Mato Grosso, em especial no quesito habitacional. “São milhares de famílias que vivem de favor, em casas de parentes; ou então em áreas de risco, como margens de córregos, sem condições de realizar o sonho da casa própria”, ponderou o ex-senador.

O Chefe do Poder Executivo recordista em construção de casas populares, em Mato Grosso, foi o ex-ministro Blairo Maggi, em seus dois mandatos (2003-2010). Praticamente 10% dos imóveis foram doados para famílias de baixa renda, selecionadas pelas prefeituras, em parceria com a Secertaria de   Estado de Trabalho, Emprego e Assistência Social (Setas), atual Setasc.

No mesmo ranking, Júlio Campos é o segundo colocado, com 77,5 mil casas.