Quem é apresentado uma vez para o ex-governador e atual deputado Júlio Campos (União Brasil), talvez passe anos sem encontrá-lo novamente, frente a frente. Porém, quando o encontro se repetir é provável que o interlocutor seja cumprimentado pelo nome, recebendo a tradiconal saudação: “tudo bem, jovem!?!”
É com tal maestria que Júlio José de Campos, aos 76 anos, brinca que tanto em política quanto em matemática, números exatos – como dois mais dois são quatro – servem para mostrar que o resultado de um coeficiente é certo e exato.
E com base nessa convicção e na arte do convencimento, com um projeto na mão e com a outra cumprimentado a população mato-grossense, que ele se apresentou aos eleitores como candidato a Deputado Estadual, sendo eleito com uma expressiva votação nas eleições de outubro do ano passado.
Ele fez sua campanha relembrando suas centenas de obras e as dezenas de anos trabalhando com um dos homens púbicos mais controverso no pós-divisão de Mato Grosso, em 1977, sendo primeiro governador eleito pelo novo Estado.
E entrou para a história por vários motivos.
Além de ter sido o primeiro governador no Mato Grosso dividido aos 35 anos, o mais jovem até agora, ele foi o primeiro a disputar uma eleição direta para o Palácio Paiaguás, desde a vitória do ex-governador Pedro Pedrossian, em 1965.
Além disso, ele foi eleito com mais de 200 mil votos em uma eleição que não houve coligação e ainda contou com um amplo apoio das lideranças nos municípios mato-grossenses. E, no primeiro esforço político de grande impacto, fez de sua gestão se transformar como uma das que mais realizou obras, deixando um legado e um slogan: quatro anos de governo, quarenta anos de progresso, assim como fez o ex-presidente, Juscelino Kubitschek.
Julinho, como é chamado, marcou o século 21 na vida pública de Mato Grosso, como o primeiro político do Estado tipicamente do novo milênio, e de seu legado social e político – lembrando que, depois dele, a política no estado mudou completamente de rumo. Na década de 1990, ele foi o primeiro mato-grossense a assumir Primeira Secretaria do Senado da República, segundo cargo em relevância naquela Casa e terceiro, no Congresso Nacional.
Em 2023, ele tem muita coisa para comemorar, com um mandato eletivo e com a certeza de que estará fazendo política, sua paixão incondicional. E um dos principais motivos para isso: é a sedimentação, a democratização e a expansão de seus projetos para mais de 3 milhões de pessoas.
Júlio Campos já revelou que quer pulverizar seu mandato nos quatros cantos do estado para disputar novamente em 2026, o comando do Palácio Paiguás.
É lógico que popularidade nunca faltou a ele. Desde o primeiro dia de sua posse, o deputado estadual passeia nas altas esferas de aprovação junto a sociedade.
Com todo o seu carisma, até mesmo como amortecedor, porém, nos primeiros meses de seu mandato, deve ser de enorme provação.
(Colaborou Darwin Júnior)