Em decisão da última sexta-feira, a juíza Bianca Ferreira do Amaral Machado Nigri rejeitou embargos de declaração do Flamengo, que pretendia suspender a pensão (no valor de R$ 10 mil mensais) para famílias de vítimas do incêndio do Ninho do Urubu.

A pensão foi definida por meio de ação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. No texto, a juíza justifica a decisão “pela simples razão de que o saneamento do processo se dará depois da realização da audiência de conciliação”. A magistrada pede que as partes retornem ao processo em 15 dias para “designação de audiência”.

No pedido do Flamengo, os advogados do clube citavam os acordos com sete famílias e o pai de Rykelmo, mas o argumento não modificou a sentença da juíza.

Em pintura no Maracanã, torcedores do Flamengo fizeram homenagem aos garotos mortos no incêndio do Ninho do Urubu — Foto: Felipe Siqueira

Em pintura no Maracanã, torcedores do Flamengo fizeram homenagem aos garotos mortos no incêndio do Ninho do Urubu — Foto: Felipe Siqueira

A decisão da juíza, publicada na última sexta-feira — Foto: Reprodução

A decisão da juíza, publicada na última sexta-feira — Foto: Reprodução

“No mais, o fato de ter o Réu, segundo afirma, realizado acordos com parte das famílias dos menores vitimados no incêndio, depois de quase dois anos do evento, nada altera o curso da demanda.

Embora o Réu pareça entender que está resolvendo em prazo razoável a situação das famílias, para essas quanto maior o tempo para solução da questão, mais premidas ficam pela necessidade de receber auxílio financeiro para sobrevivência.

As famílias de Arthur Vinícius, Christian Esmerio, Pablo Henrique e a mãe do Rykelmo ainda não chegaram a acordo com o Flamengo. Depois de um ano e seis meses da tragédia que vitimou 10 jovens jogadores da base do Flamengo, ainda não há conclusão de inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro. (Globo Esporte)