A juíza Janaína Cristina de Almeida Juíza, da Vara Única de Arenápolis (233 km de Cuiabá), manteve a prisão de Estefane dos Santos e Vittor Campos, presos por participação no sequestro do pai do prefeito de Jangada (75 km de Cuiabá) Edson Joel de Almeida Meira. A vítima conseguiu se librar do cativeiro em que estava sendo mantida refém e conseguiu acionar a polícia. Audiência de custódia foi realizada nesta segunda-feira (23).
“No presente caso, a decretação da prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública, haja vista o risco de reiteração delituosa, tendo ambos os flagrados condenação por crimes anteriores”, diz o trecho da decisão.
A magistrada ainda autorizou a quebra de sigilo de dados telefônicos dos criminosos, já que as circunstâncias que envolvem o caso narrado necessitam de esclarecimentos que, segundo a juíza, só poderiam ser obtidos através da quebra.
“Defiro a autorização consistente na quebra do sigilo de dados telefônicos dos aparelhos celulares descritos no termo de exibição e apreensão de Id n.º 132520204, devendo a autoridade requerente, dar cumprimento ao presente no prazo máximo de 15 (quinze) dias e na sequência, apresentar relatório circunstanciado da diligência, no prazo de 72h”.
Já a outra suspeita Beatriz Petersen de Jesus que também foi presa pela GCCO na noite de domingo (22), foi liberada durante audiência de custodia realizada no município de Barra do Bugres (175 km de Cuiabá).
O CRIME
O grupo que sequestrou Edson invadiu a propriedade da família na madrugada do domingo e rendeu todos os funcionários do local. Depois, ficaram esperando a chegada da vítima. Eles chegaram a dopar uma adolescente que precisou ser levada ao hospital.
Durante a ação criminosa, eles teriam anunciado que a intenção não era machucar ninguém ou promover um roubo, mas levar Edson sequestrado.
FUGA DA VÍTIMA
Segundo o delegado, Edson foi levado para uma casa abandonada próximo ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. Lá, o pai do prefeito Rogério Meira foi monitorado por dois criminosos, um deles armado. Contudo, em dado momento, o criminoso armado deixou o local para buscar água. Aproveitando o descuido dos suspeitos, Edson se soltou da corda que o mantinha preso, alcançou uma garrafa de vidro e, com a garrafa quebrada, ameaçou o suspeito e conseguiu deixar o cativeiro.
Edson correu até um matagal e encontrou uma chácara onde foi possível pedir ajuda para acionar à polícia. Depois, o pai do prefeito de Jangada foi levado em segurança até a sede da GCCO onde prestou depoimento.
Conforme Gustavo Belão até o momento os indícios não apontam para a prática de um crime político. O delegado também foi questionado sobre um possível ‘acerto de contas’ já que Edson possui passagens criminais. No entanto, segundo a autoridade, a principal tese é de que o grupo agiu motivado pelas posses da família. Durante o sequestro, foi solicitado R$ 70 mil da família.
(HNT)