A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o cumprimento de pena de dois anos e dois meses de prisão, em regime aberto, ao empresário e filho do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), Rodrido da Cunha Barbosa. O empresário é delator na segunda fase da Operação Sodoma, que investiga esquema de propina e desvio de dinheiro público. A decisão é da última sexta-feira (9).

Conforme os autos, a sentença condenatória foi proferida em 16 de março de 2018 e transitou em julgado para a defesa no dia 18 de junho de 2018. Entre as condições do regime está o recolhimento diário em residência entre às 21 horas e 6 horas.

Além disso, Rodrigo deve comparecer de forma bimestral na Fundação Nova Chance para assinar termo de comparecimento, comprovação de trabalho e endereço residencial. Ele não poderá se ausentar das comarcas de Cuiabá e Várzea Grande sem autorização judicial.

A magistrada ainda determinou que ele está proibido de frequentar lugares inapropriados, como casa de prostituição, casa de jogos, bocas de fumo e locais similares e não deverá portar nenhum tipo de arma.

O empresário também está restrito de ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de qualquer espécie de substância entorpecente, não se envolver em qualquer tipo de infração penal e pagar a multa e as custas processuais.

“Em caso de descumprimento das condições poderá ser decretada a sua prisão, com a finalidade de apresentá-lo(a) imediatamente em audiência de justificação, podendo acarretar a revogação do benefício e regressão do regime prisional”, diz trecho da decisão.

Sodoma II

A segunda fase da Operação Sodoma apura um esquema que teria exigido propinas milionárias dos empresários Willians Mischur e Julio Tisuji para que o Estado mantivesse os contratos com as empresas dos mesmos. Além disso, também foram investigadas fraudes licitatórias e a lavagem utilizada para camuflar os valores ilícitos.

Na denúncia proposta na ação pelo Ministério Público do Estado (MPMT), Rodrigo Barbosa ao integrar a suposta organização criminosa, “agiria nas sombras” e nos “bastidores do poder” para blindar e proteger a si mesmo e ao seu pai na arrecadação de propinas.