O juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes manteve a prisão do bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, acusado de matar o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 42 anos, a facadas durante uma discussão sobre política. O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (8), no município de Confresa (1.135 km de Cuiabá). Os dois trabalhavam juntos em uma cerâmica na zona rural do município.

Segundo o magistrado, durante a audiência de custódia realizada na tarde quinta-feira, ficou comprovada a materialidade delitiva do ato cometido por Rafael.

” (…) ao se considerar o que foi relatado pelo custodiado quando da sua prisão, pois aduziu que estavam no local dos fatos fumando cigarro, quando começaram a falar sobre política e a vítima estaria defendendo um candidato e o interrogado defendendo outro candidato e, com isso, iniciaram uma discussão, já que nenhum concordava com a opinião do outro. Por fim, com prosseguimento da discussão, acabaram entrando em luta corporal vindo o custodiado a ceifar brutalmente a vida da vítima.”, diz trecho da decisão.

O caso aconteceu porque os envolvidos começaram a discutir por causa de uma discordância política. Benedito seria eleitor do ex-presidente Lula (PT) e Rafael, eleitor do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Os dois chegaram a se agredir fisicamente até que, conforme relatou em seu próprio depoimento, o suspeito “saiu de si” e matou o colega a facadas. Depois, ele ainda tentou decapitar a vítima.

À polícia, Rafael confessou o crime e confirmou que agiu motivado pelas discordâncias ideológicas entre ele e seu colega.

Quando o corpo foi encontrado, na manhã desta quinta, Rafael afirmou que tanto ele quanto Benedito tinham sido atacados por bandidos. Na sequência, ele tentou pegar dinheiro emprestado para fugir da cidade. O caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil.

Fonte: HIPERNOTICIAS