O engenheiro agrônomo Kaio Furlan Andreasse, acusado de atear fogo em pneus e bloquear a BR-163, em Sinop (a 500 km de Cuiabá), ganhou a liberdade após ficar preso desde o dia 8 de janeiro. A Justiça Federal determinou a soltura do engenheiro que foi pego em flagrante realizando o protesto na rodovia, em apoio à invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Em sua decisão, o juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Criminal de Mato Grosso levou em consideração a redução dos protestos contra o presidente Lula (PT).
No entanto, o agrônomo terá que utilizar tornozeleira eletrônica, se recolher em casa a noite, não participar de manifestações e não manter contato com os demais investigados.
A defesa pediu a revogação da prisão alegando “que ele está em tratamento psiquiátrico, e que necessita dar suporte à sua mãe, inclusive, patrimonial”. O Ministério Público Federal se manifestou contrário ao pedido.
Um trecho da decisão afirma que a redução nos movimentos antidemocráticos, aliada à conclusão das investigações, com o oferecimento da denúncia pelo órgão ministerial e, ainda, considerando os argumentos deduzidos quanto à saúde do acusado e de sua mãe, “entendo possível a tutela da ordem pública por meio de medidas cautelares menos restritivas da liberdade do que a prisão preventiva”.
A prisão
A prisão em flagrante do engenheiro agrônomo aconteceu no dia 9, no momento em que eram descarregados pneus da caminhonete dele, uma Hilux, os quais estavam sendo queimados sobre a faixa de tráfego no Km 819 da rodovia, interrompendo, assim, o fluxo de veículos.
Segundo os policiais rodoviários federais, Kaio foi visto na companhia de outras cinco pessoas descarregando os pneus, que ficaram acesos por horas. Kaio responde por incêndio, atentado contra a segurança de outro meio de transporte e abolição do Estado Democrático de Direito.