A seleção italiana se classificou para as semifinais da Eurocopa, na tarde desta sexta-feira (02) ao vencer a Bélgica, por 2 a 1, após um jogo muito disputado em Berlim. A Azzurra terminou a partida com os três brasileiros naturalizados italianos em campo: O titular Jorginho, Emerson Palmieri e o mato-grossense de Glória D’Oeste, Rafael Tolói, que entraram no segundo tempo. O trio ajudou a segurar o resultado e a garantir a classificação em um jogo difícil.
Com uma participação discreta nos últimos minutos do confronto, Tolói entrou como estratégia do técnico italiano para reforçar a marcação no sistema defensivo. A Itália segurou o ímpeto dos belgas nos instantes finais e comemorou a classificação.
Rafael Tolói
Tolói foi convocado pela primeira vez pela seleção italiana, este ano para disputar as eliminatórias europeias e atuou contra a Irlanda do Norte. O atleta mato-grossense vive a melhor fase da carreira no time do Atalanta.
Revelado no Goiás, o defensor subiu ao time profissional com apenas 18 anos e rapidamente se firmou como um dos destaques da equipe esmeraldina. Cobiçado por vários times do Brasil, foi vendido para o São Paulo, em 2012.
“Quando eu cheguei ao São Paulo, no meio de 2012, o time estava na 12ª posição do Brasileiro. O Tolói foi determinante para o nosso título da Sul-Americana. Ele fez um dos gols mais bonitos da competição – de falta, contra a Universidad Católica – e entrou na seleção do torneio”, disse Ney Franco, ex-treinador do Tricolor, ao ESPN.com.br.
Rafael Tolói disputou pouco mais de 130 jogos e marcou seis gols pelo São Paulo.
“O que mais me chamou atenção foi a postura dele. Embora fosse um zagueiro técnico e de bom passe, ele chegava duro nos atacantes e se posicionava muito bem nas linhas. O Tolói foi intocável comigo porque passou muita segurança. Ele tinha uma liderança em cima da linha de defesa e orientava os volantes. Era um cara sério, centrado no jogo e sempre muito calmo e tranquilo”, contou.
No entanto, o zagueiro sofreu com muitos altos e baixos da equipe. Apesar de ser grato ao São Paulo, Tolói disse em 2015 à ESPN que ficou chateado com algumas situações. “Acho que a cobrança em cima de mim era normal, mas da forma que as coisas estavam acontecendo dentro do clube, foi demais. Chegou um momento em que eu jogava bem e diziam que eu não fazia nada mais que a obrigação, e quando o time não vencia, a culpa era sempre da defesa, era sempre minha”, contou o zagueiro.
Auge na Itália
Durante seu período no Tricolor, passou cinco meses emprestado à Roma. Esse tempo fez com que Tolói se apaixonasse pelo futebol italiano e não recusasse a oferta da Atalanta na temporada 2015/16.