Contratado neste ano pelo América-MG, o lateral Marcinho foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime aberto, pelo homicídio culposo de um casal de professores. A pena será prestação de serviços sociais. O caso ocorreu em dezembro de 2020, quando ele jogava pelo Botafogo e atingiu as duas pessoas com o carro. Marcinho também atuou pelo Bahia e pelo Athletico-PR, antes do Coelho.

A condenação foi assinada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, a sentença determinou ainda a suspensão da habilitação do atleta para dirigir pelo mesmo período. O América-MG foi procurado, mas não havia se pronunciado até a publicação da reportagem.

Como o crime foi considerado inferior a pena de quatro anos, entre outros requisitos atendidos pelo artigo 44 do Código Penal, o magistrado substituiu a pena privativa de liberdade por prestação de serviços a entidades a serem especificadas pela Vara de Execuções Penais. Não foram dados mais detalhes do prazo de execução da pena.

Segundo nota do TJRJ, o jogador consumiu bebidas alcoólicas no dia do crime. A perícia apontou que a alta velocidade e o local de travessia errado dos pedestres foram causas do acidente. De acordo com a denúncia, Marcinho conduzia o carro em zigue-zague, em velocidade entre 86km/h e 110km/h, em uma via de velocidade máxima permitida de 70 km/h.

O atropelamento

Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima atravessavam a Avenida Sernambetiba, no bairro Recreio, no Rio de Janeiro, quando foram atingidos pelo carro, modelo Mini Cooper, em dezembro de 2020. O motorista fugiu sem prestar socorros, e o carro foi abandonado a cerca de 600 metros do local. Os dois morreram, e a polícia apontou Marcinho como condutor do veículo.

Em agosto do ano passado, quando apresentado como reforço do Bahia para a disputa da Série B, o lateral-direito disse que se arrepende da forma como agiu na noite do acidente. (GE)