Mesmo fora de casa, o Flamengo se impôs, dominou a maior parte do jogo, mas ficou no empate por 1 a 1 com o Grêmio, no jogo de ida da semifinal da Libertadores, nesta quarta, em Porto Alegre. Jorge Jesus elogiou seu time, criticou a arbitragem e avaliou que o Rubro-Negro merecia um resultado melhor.
– Quero dar os parabéns ao Flamengo, que fez uma partida extraordinária. Esse jogo não resolve nada. Mas o Flamengo foi melhor em todos os aspectos e merecia a vitória. Fizemos quatro (gols), só valeu um. Revi e não sei como o árbitro anulou o do Gabigol – analisou Jesus.
Jesus reconheceu que o Flamengo leva uma ligeira vantagem no confronto por decidir no Maracanã.
– O fator casa não é determinante, mas é importante. Ainda mais no Maracanã, com uma massa de torcedores que empurra o time. Esperamos que tenha capacidade para conseguir o objetivo, que é estar no Chile. O resultado, teoricamente, é melhor para o Flamengo.
Flamengo e Grêmio voltam a duelar daqui a três semana, em 23 de outubro. Por ter marcado fora de casa, o Rubro-Negro avança com um empate sem gol. Quem vencer estará na decisão em 23 de novembro, em Santiago, contra o vencedor do confronto entre River Plate e Boca Júniors.
Outros trechos da entrevista
Fair Play
Vamos fazer isso no futuro contra nossos adversários (não para o jogo em fair play). Do Filipe Luís até a grande área eram mais de 100 metros e tínhamos que controlar. Eu volto a dizer: dou razão ao Grêmio.
Estilo de jogo
O Flamengo é um time completo, não faz diferença por setores. Funcionam com uma ideia de jogo. Tivemos muita posse de bola. Continuamos a ser o melhor time. Levamos o gol do empate com o Filipe Luís no chão. O Grêmio não colocou a bola para fora. E bem.
Duelo Rafinha x Cebolinha
São vários jogadores de Seleção em campo. O Everton o único titular. Forte no um contra um. Duelo com um lateral que tem experiência e está habituado (Rafinha). Conseguimos anular algumas jogadas individuais, porque não teve espaço para criar.
Exibição x resultado
Se o futebol fosse patinação artística, teria “nota artística” e seria uma goleada. Mas não é.
De olho na Chape
Temos duas competições e vamos lutar até o fim nelas. São esses desafios que eu gosto. Os jogadores também. Vamos recuperar o time para o jogo contra Chapecoense. Não vi o time desgastado. Vi time com velocidade, técnica… A fadiga é normal. A intensidade é muito alta. Os jogadores chegam ao limite físico e psicológico. Ainda temos alguns dias até o jogo contra Chapecoense para saber como estão os atletas. (Globo Esporte)