O senador mato-grossense Jayme Campos (DEM), correligionário do governador Mauro Mendes (DEM) e amigo do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), está preocupado com a proporção tomada pelo conflito entre os dois gestores que avançou a simples “troca de farpas” pública para ações judiciais.
Na opinião do democrata, a situação precisa ser contornada o mais rápido possível para prejudicar a população.
Para o senador, Mauro e Emanuel precisam ter maturidade para buscar o entendimento. Por isso sugere que o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), atue como “bombeiro”, mediando o conflito entre os gestores.
“Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro são dois políticos experientes. Por isso, acredito que são homens maduros para sentar e buscar o entendimento pensando no que é melhor para população. Penso que político mais indicado para mediar esse conflito é o presidente da Assembleia Eduardo Botelho. Essa é minha sugestão. Eles foram amigos. Então, devem esquecer os conflitos políticos e se unir para salvaguardar vidas”, disse Jayme Campos.
Na sexta (29), o juiz Onivaldo Budny, da Vara Especializada da Fazenda Pública, autorizou o Governo de Mato Grosso a fiscalizar os leitos exclusivos da Covid-19 da Prefeitura de Cuiabá. A autorização foi concedida após o Estado acusar o município de impedir tal fiscalização.
Antes desse episódio, a semana foi marcada por troca de ofensas entre o prefeito e o governador. Mauro acusou a Prefeitura de desabilitar 40 leitos de UTI após receber dinheiro do Governo Federal e divulgou oficio assinado pelo secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, depois de dizer que Emanuel não dever ser “levado a sério”.
Já o prefeito rebateu e também atacou Mauro. Em coletiva, declarou que o governador “mente e só pensa nas eleições de 2020. Também o desafiou a provar todas as acusações contra o Executivo cuiabano. Além disso, vai à Justiça cobrar R$ 60 milhões que alega que o Estado deve para o Município.