O senador mato-grossense  Jayme Campos (UB), afirmou, nesta segunda-feira (27), que só irá aceitar o cargo de presidente do Comissão de Ética e Decoro Parlamentar se seu nome for consenso entre os demais indicados. Jayme exerceu a função na legislatura passada, no Senado da República.

A eleição dos novos membros do Conselho de Ética do Senado será realizada nesta terça, às 14h. Foram indicados pelos blocos partidários 15 membros. A eleição para o conselho acaba sendo simbólica, para ratificar o que foi acordado pelos senadores. Jayme não colocou seu nome para avaliação.

“Amanhã, 14h, vai ser a posse dos 15 indicados. Depois disso, de imediato, acontece a escolha do presidente e do vice-presidente (da Comissão). Eu não sou candidato. Eu já fui convidado por 20 vezes e eu me comprometi com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, se for de forma consensual a minha escolha, eu poderei cumprir essa missão. É uma missão que você tem até porque você é um juiz na medida em que você estará julgando a vida das pessoas ali, as ações que tem lá, as representações, etc e etc. Vamos aguardar amanhã qual a definição”, declarou Jayme, na vistoria das obras do Aeroporto Marechal Rondon, nesta segunda-feira.

Jayme ainda admitiu ser um posto desgastante, uma vez que o Conselho lida com ações que envolvem os colegas. Segundo o senador, o colegiado já conta com 38 denúncias para analisar. Nesta linha, disse que se for escolhido de forma consensual,  que atuará de forma altiva e dispensando qualquer tipo de joguete.

“Você tem que ter muita tranquilidade, muita paciência, analisar com muita clareza toda e qualquer denúncia que eventualmente possa chegar lá. Hoje, eles falaram que tem 38 denúncias, né? E eu não vou chegar de lá com joguete de ninguém. Não vou passar a mão. Vou agir dentro da lei ouvindo, olhando a nossa Constituição Federal, também olhando perfeitamente o regimento interno do Senado. Feito isso aí, pode ter certeza, dentro desses conformes, eu vou atuar como presidente, mas um presidente como muita altivez e com muita independência”, finalizou Jayme Campos.