O senador Jayme Campos (União-MT) cobrou nesta terça-feira, 6, do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o desbloqueio das contas das empresas, cujos proprietários apoiaram os protestos em Brasília, contra o resultado das eleições. Eles enviaram carretas e caminhões à Capital Federal. Das 43 pessoas jurídicas e físicas atingidas pela determinação de ministro do STF, 34 são de Mato Grosso.
Em pronunciamento em plenário, o senador mato-grossense, que tem cobrado responsabilidade dos manifestantes quanto ao direito de ir e vir das pessoas, disse considerar os protestos democráticos por representarem, acima de tudo, “a demonstração de que todos nós temos o direito de liberdade de expressão”.
“Por isso eu acho – eu, pessoalmente, na minha modesta opinião – que nós temos que fazer aqui, num termo bem chulo, um freio de arrumação” – disse o senador. Confesso que, como cidadão brasileiro, eu tenho certeza do direito de externar minhas opiniões, sejam elas as que agradam ou desagradam – ele ponderou. Agora, agir da forma que está agindo, eu acho que nós temos que fazer algo”.
Jayme Campos disse ter admiração e respeito ao ministro do STF e presidente do TSE, mas criticou que tais decisões ocorram de forma monocrática. Ele defende que o assunto dessa magnitude seja tratado no âmbito do colegiado do STF.
O senador mato-grossense lembrou que o bloqueio das contas aconteceu já há 30 dias e pediu que Moraes reveja rapidamente a decisão. Ele alertou que esses empresários geram milhares de empregos e estão em situação difícil em Mato Grosso: “Alguns, com certeza, vão até quebrar, porque quem fornece a eles, ou seja, o seu motorista, o seu trabalhador quer receber o seu salário no dia 30 e, hoje, estão impossibilitados” – frisou.