Especialistas defendem, no entanto, que as urnas eletrônicas são seguras e confiáveis.
Neste ano, as Forças Armadas, dirigidas pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, provável vice de Bolsonaro nas eleições, acompanham o TSE nos procedimentos pré-eleição.
O trabalho das Forças Armadas no processo eleitoral já fez com que Bolsonaro dissesse que, em 2022, as eleições seriam limpas.
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A mudança de tom vista nesta sexta-feira, um afago ideológico ao eleitorado mais radicalizado do presidente, vem no mesmo dia em que pesquisa Ipespe mostrou que a avaliação do Governo continua negativa para mais da metade da população.
Para 54%, a gestão é péssima, para 26% é ótima. Outros 19% veem o governo como regular.
“Não é disputa de campeonato de futebol. Foi gol de mão, mas gol de mão é mais gostoso. Vale a seriedade, a transparência e vamos perder ou ganhar dentro das quatro linhas”, prometeu Bolsonaro.
Em uma crítica indireta ao STF, o chefe do Executivo também voltou a afirmar no discurso que o Brasil conheceu a ditadura “de outras formas”, como “censura em redes sociais”.
“Quem são os censores? Escolhidos por que critério? Estão a serviço de quem? Querem prejudicar a quem?”, perguntou o chefe do Executivo do Brasil.
Para além de trazer à tona novamente o tema das urnas eletrônicas, Bolsonaro enalteceu seu lado armamentista, outro aceno a apoiadores em ano eleitoral.
“Lamentavelmente, parte do Senado ressuscita a comissão para desarmar a população”, declarou.
O presidente ainda disse que o evento do PL, neste domingo (27), será o lançamento da sua pré-candidatura à reeleição.
“Tomar cuidado com a propaganda política como se tivesse cancelado o evento do próximo domingo; está mantido o evento da pré-candidatura aqui em Brasília”, declarou.
No entanto, como mostrou o Estadão/Broadcast, o PL reformou o evento, que agora é um ato de filiação em massa, para evitar problemas com a lei eleitoral.