Meu nome é Flávio Stringueta. Tecerei alguns comentários sobre essa crise causada pelo novo coronavírus. Antecipo que é uma opinião pessoal, oriunda de análise de diversas informações de diferentes canais de informação. Não quero causar intrigas. Só expor minha opinião, que pode ser total ou parcialmente desprezada. Vamos lá.
Sou delegado de polícia, titular de uma unidade policial de elite da Polícia Civil de Mato Grosso. Estou, segundo os técnicos da saúde, no grupo de risco, pois sou portador de uma doença autoimune. Nem por isso deixei um único dia de trabalhar, pois entendo que tenho uma missão maior do que minha própria saúde. Não quero, com isso, estimular outras pessoas a fazer o mesmo. Quem estiver no grupo de risco, decida por si.
Não concordo com o isolamento social total que foi imposto pelos governantes. Mas tenho que acatar, eis que sou obrigado, como todos os demais membros da sociedade brasileira e mato-grossense. Defendo o que a lei e as normas legais definem, mesmo discordando. Por isso estou me manifestando.
Não sou partidário, não defendo o partido A ou B. Não sou defensor do nosso Presidente Bolsonaro, mas torço para que dê certo, pois só assim eu e minha família sofreremos menos.
Concordo com a visão dele, Presidente, quando diz que o maior risco dessa pandemia está no isolamento total, pois causará danos irreparáveis à sociedade brasileira e mundial. Entendo que os contrários a isso estão com uma visão curta das consequências posteriores da recessão. Muitas mortes virão por conta disso. E quem será responsabilizado?
Nenhuma morte deve ser desprezada, nem a provocada pelo novo coronavírus, nem as advindas da grave crise econômica que se avizinha. Qual delas devemos prevenir?
Independente da resposta, creio que o melhor é apostar em uma linha de conduta mais ousada do que técnica, pois a inevitável morte de contaminados pelo novo coronavírus não deve sobressair à evitável morte de muitos pais e mães de família e de seus filhos por conta da crise existente.
Salários serão cortados, mas não dos representantes do povo. O exemplo não virá de cima, e muitos autônomos e empregados e colaboradores e servidores pagarão o pato.
Clamo, portanto, para o bom senso, para voltarmos à vida normal para evitar mais danos do que os causados pelo novo coronavírus. Clamo para vermos nossos heróis do dia a dia – os mantenedores da economia brasileira – de volta às suas atividades. Clamo para que nossa vida volte ao normal dentro da atual anormalidade, com consequências menores do que as causadas pela crise que, a meu ver, está mais no campo político do que da saúde pública.