Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio, Renata Mansur determinou na última sexta-feira a abertura de um inquérito para apurar as denúncias de assédio de um árbitro que apitou o Campeonato Carioca Feminino sobre uma jogadora de 18 anos do Pérolas Negras.
Joana Pradro Costa de Oliveira foi nomeada como auditora processante. Ela terá a responsabilidade de comandar a investigação, ouvir testemunhas e entregar um relatório para a Procuradoria do tribunal, que, por sua vez, decidirá pela oficialização ou não de uma denúncia contra o árbitro.
O ge noticiou o caso com detalhes três meses atrás, em dezembro do ano passado. O caso foi denunciado pela primeira vez durante um julgamento no TJD-RJ, ocasião em que o Pérolas respondeu pela presença não autorizada de uma criança no seu banco de reservas na partida contra o Duque de Caxias, no dia 13 de outubro. O relato de assédio e perseguição do árbitro à jogadora Duda Moura, volante da equipe, foi usado (sem sucesso) na tentativa de desqualificar a súmula.
Em outra sessão no TJD-RJ dois dias depois, Thais Thomaz da Silva, a Feijão, atacante do Pérolas Negras, foi julgada por ter ofendido Lucas Vidal Dias no jogo contra a Cabofriense, no dia 20 de outubro. Ela prestou depoimento e disse em sua defesa que perdeu a cabeça porque sabia que o árbitro vinha assediando sua companheira de time com mensagens nas redes sociais.
De acordo com Thais, Lucas ficou o tempo todo próximo à Duda, “vindo inclusive a esbarrar nela por duas vezes” durante a partida. Ainda segundo o depoimento, no início do segundo tempo, o árbitro se dirigiu a ela para perguntar: “Aquela ali é a Duda Moura, né? A blogueira bonitinha”.
O árbitro Lucas Vidal Dias nega que tenha cometido assédio. (GE)