O inquérito policial demostrou que o empresário Leandro Queroz Gontijo contrabandeava cigarros do Paraguai e os comercializava na sua conveniência em Cuiabá. O suspeito foi alvo da “Operação Ceres”, que investigou uma quadrilha que desviava cargas de cervejas furtadas da Ambev e está preso.
Durante o mandado de busca e apreensão na casa do empresário, os policiais foram surpreendidos ao encontrar 68 caixas de cigarros fechadas. Ao questionar o suspeito, ele não soube explicar a origem dos produtos. Na residência, os investigadores ainda encontraram R$ 1,3 milhão escondidos dentro de um cooler.
Dando seguimento às investigações, foi constado que o empresário contrabandeava os cigarros do Paraguai e os comercializava em sua distribuidora sem a devida regularização.
O delegado Luiz Felipe Leoni, da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), indiciou o suspeito pelos crimes de receptação qualificada, falsificação ou adulteração de produtos alimentícios e lavagem de capitais.
ESQUEMA CRIMINOSO
O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro, confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.
Os lotes de cerveja seguiam, então, para os receptadores, um deles era uma distribuidora localizada na avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer. Dois funcionários da distribuidora tinham conhecimento do esquema criminoso.
Informações fornecidas pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12,8 milhões. Os números foram apurados nas diferenças de itens de estoque levantadas pela cervejaria no inventário mensal nos anos de 2021 e 2022.
(HNT)