Enquanto o Flamengo entra em campo nas últimas horas desta sexta-feira, uma negociação que se arrasta continua sem definição. A diretoria segue sem conseguir destravar as questões financeiras que impedem um acerto com o lateral Rafinha – algo que se imagina ter uma decisão ainda nesta semana.
Sem o avanço, o lateral, que continua no Rio de Janeiro, abriu o leque de opções e se mostra aberto a ouvir outros clubes, apesar de ter deixado claro que sua prioridade era o Flamengo. Apesar das negativas públicas, o Grêmio não está fora da jogada e aguarda uma movimentação do jogador.
Rafinha nega qualquer problema envolvendo o pagamento das luvas do contrato anterior, e acredita que este não seria um impedimento para as partes se acertarem agora. Ele aceitou que o pagamento seja feito, inclusive, após o término do eventual novo vínculo.
No início do processo, o Flamengo fez uma proposta, aceita por Rafinha, mas avisou que os valores ainda precisavam passar pelo aval da direção do clube, que não aceitou. O futebol não considera a pedida do lateral exagerada, mas a cautela do clube aumentou diante da queda de receitas decorrente da pandemia.
O aviso feito pelo futebol de que precisaria da autorização final da diretoria é o que diferencia o caso de Rafinha do vivido por Diego Alves, por exemplo. O goleiro aceitou uma oferta feita por Bruno Spindel e foi avisado que só faltaria a assinatura, mas a direção vetou por ultrapassar a capacidade financeira no momento. O caso se arrastou, mas teve final feliz para o Flamengo com a renovação do contrato.
O orçamento do Flamengo para 2021 precisou ser feito em outubro para ser aprovado e, na época, a sensação era de que a partir de abril uma das principais receitas, a de bilheteria, pudesse voltar. Não vai ser possível, e a previsão de R$ 100 milhões de arrecadação no ano dificilmente vai se concretizar. (Globo Esporte)