Emerson Sheik não faz mais parte da diretoria do Corinthians. Ídolo do clube, ele se reuniu com o presidente Andrés Sanchez e outros membros da cúpula alvinegra nesta segunda-feira, no CT Joaquim Grava, e pediu para deixar o Timão.
Alvo de críticas e muita pressão interna, Emerson Sheik estava na corda bamba na função de coordenador de futebol e decidiu se antecipar a uma possível demissão.
Ele ficou insatisfeito com o vazamento de notícias sobre o assunto e também algumas informações falsas a respeito do trabalho e do comportamento dele. O ex-jogador se sentiu desprotegido pelos seus superiores.
Sheik passou a trabalhar como dirigente no começo deste ano, logo após pendurar as chuteiras.
Em três passagens pelo Timão como jogador, Emerson disputou 196 jogos, marcou 28 gols e conquistou sete títulos: Paulistas (2013 e 2018), Brasileiros (2011 e 2015), Recopa Sul-America (2013), Libertadores (2012) e Mundial (2012).
Ele entrou para o time dos cartolas junto de Vilson Menezes, que assumiu o cargo de gerente de futebol. O ex-zagueiro também é alvo de críticas, sobretudo por parte da torcida, mas ainda tem prestígio com a direção e, por ora, segue no cargo.
O departamento de futebol do Corinthians passa por reformulação nas últimas horas. Além de Sheik e do técnico Fábio Carille, demitido no último domingo, outros quatro profissionais deixaram a comissão técnica alvinegra: os auxiliares Fabinho e Leandro Silva, o preparador físico Walmir Cruz e o analista de desempenho Denis Luup.
Emerson Sheik no estacionamento do CT do Corinthians nesta segunda-feira — Foto: Marcelo Braga (Globo Esporte)