Dias atrás estava organizando um treinamento a um cliente antigo, tão antigo que todo o nosso portfólio de serviços já fora aplicado na empresa deles.
A nossa missão era levar um treinamento à equipe de gestores do campo, algo que os movessem ainda mais à gestão por resultados fortalecendo o sentimento de equipe.
Na construção deste de forma personalizada e inovadora, pedi à Hellen, minha colaboradora:
— Preciso que você pesquise pra mim 16 dinâmicas, as melhores que entreguem este propósito solicitado pelo cliente, para que possamos construir este trabalho com excelência mais uma vez!
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– Quem é você na sua profissão?
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-Cliente: o seu consultor mais barato!
-O empresário, sua equipe e o eletricista
-Desafios: todo profissional precisa
-Eu não sou feliz com meu trabalho, e agora?
-Sua equipe não serve para nada?
-Liderar é aprender a cada dia
-Nosso trabalho, nossa missão!
Com grau de prioridade alta, minha colaboradora Hellen bloqueou dois dias de sua agenda para estruturar todo o desafio deste trabalho, desde a busca de conteúdos à construção das etapas de aplicação e materiais necessários.
Com tudo pronto, parti para a cidade de Campo Novo dos Parecis, interior do Mato Grosso, a cidade das araras – para quem não sabe, nesta época do ano, meados de março, ela fica coberta destes pássaros maravilhosos em torno das palmeiras existentes ali, o que a torna ainda mais bela.
Todas as vezes que vou para lá, já faz parte da minha rotina me exercitar caminhando pela cidade sempre que chego e ao final do dia de trabalho. Então, calcei meu tênis, peguei meu smartphone, coloquei os fones de ouvido e na busca por um tema interessante em um podcast escolhi: A substituição dos postos de trabalho pela Inteligência Artificial (IA).
Vamos lá! Passos acelerados e ouvidos atentos. Quis entender. Ali naqueles 60 minutos tive uma das experiências mais belas aos olhos e aos ouvidos das últimas semanas com aquele conteúdo. A notícia era de que estávamos muito próximos do nascimento de mais uma era, de uma mudança disruptiva no globo terrestre, e o ChatGPT era uma ferramenta que vinha mostrar ao mundo uma pontinha do que tem sido criado e já feito no Vale do Silício – o berço das startups e empresas de tecnologia.
Um chat onde você manda sua pergunta via mensagem e ele responde, como se você estivesse conversando com aquele seu amigo superantenado e inteligente, com certeza até mais que isso, perguntando qualquer coisa, desde história antiga, política, conselhos amorosos, dados do mundo, ou seja, tirar dúvidas ou pedir uma ideia, e ele, de forma interativa, responde lhe mostrando caminhos de forma rápida e eficiente, trazendo um tom amistoso e próximo como de uma relação humana, como um sábio mentor, só que se trata de um robô baseado em IA, que quanto mais é utilizado, mais “inteligente” se torna.
Os especialistas nesta entrevista trouxeram outro dado interessante, de que esta tecnologia da IA nesses dois anos avançou de forma exponencial, o seu nível alcançado sendo dobrado a cada quatro meses; que este robô, devido à sua rapidez e inteligência, nos EUA, por exemplo, já substituíra alguns postos de trabalho, como vagas de estágio na área do Direito, produção de textos de algumas áreas jornalísticas, entre tantos outros.
Voltando da caminhada pensei: “Vou testar esse trem!” Na programação feita pela minha colaboradora, ainda havia duas etapas com as quais eu não estava 100% satisfeita.
Deitei na cama do hotel com meu smartphone, acessei a ferramenta e após três perguntas com informações sobre o que eu precisava, estavam lá cerca de cinco opções para inserir naquelas etapas, alternativas que me deixaram em dúvida sobre qual escolher no aspecto positivo, de tão boas que eram, e o mais impressionante, em menos de dois minutos.
Seria o fim do trabalho da Hellen, minha colaboradora e de mais algumas milhares ou milhões de pessoas? Não acredito que seja, não para os protagonistas, pensantes e criativos.
Após o lançamento da ferramenta ChatGPT pela OpenIA, centenas de pessoas no mundo se questionaram:
— Meu posto de trabalho está ameaçado?
Eu quero lhe dizer: não, se você entender a ferramenta como uma possiblidade de apoiá-lo para que seja mais produtivo, mais estratégico, criativo e inovador.
O ponto é: estamos entrando em uma nova era e muitos modelos tradicionais de trabalho serão remodelados e, sim, substituídos, com isso muitos talentos serão mais bem aproveitados em suas capacidades.
À Hellen, que faz parte da minha equipe, eu disse:
— A partir de agora o ChatGPT é o mais novo contratado!
Não no lugar da Hellen, mas como seu assistente, pois o potencial dela, da Hellen, claro, pode ir muito mais além do que infinitas buscas no Google, que foi neste caso substituído pelo ChatGPT.
*CYNTHIA LEMOS DOS SANTOS é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos.
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