É bom ver que pouco a pouco as ideias de extrema esquerda vão perdendo força depurando-se dos exageros perniciosos. Não que a tendência nociva esteja totalmente superada aqui no Brasil, mas, inegavelmente hoje é bem menos prevalente que há três ou quatro anos.

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As extremadas ideias ambientalistas – bandeira da esquerda – embora ainda vivas em vários extratos sociais, lentamente vão submetendo-se aos fundamentos da ciência que com paciência filtra os excessos deixando prosperar a essência positiva.

 

A liberação de novas moléculas de defensivos agrícolas, por exemplo, que sofreu há poucos meses protestos eloquentes de artistas, celebridades e imprensa, arrefece lentamente à medida que explicações técnicas vão expurgando as fantasias.

A transgenia que era considerada como uma catástrofe há duas ou três décadas, hoje está incorporada ao cotidiano das pessoas. Também pudera, essa técnica usada há mais de trinta anos no mundo nunca apresentou qualquer mal à saúde dos consumidores.

A emissão de gases pelos bovinos que prometia acabar com a camada de ozônio há pouco tempo, perdeu força entre os que queriam dizimar os bois e dia a dia vai caindo no esquecimento e perdendo seu espaço na mídia.

 

Às vezes essas ideias demoram a ser eliminadas por falta de clareza e objetividade do setor produtivo em esclarecer os processos. Os técnicos que explicam ao povo as vantagens de novos defensivos, o uso correto de fertilizantes ou o manejo adequado do solo usam palavras que muitas vezes não alcançam a população urbana.

É o caso, por exemplo, de falar em plantio direto como uma técnica de conservação do solo sem atinar que estes termos – comuns no campo – são desconhecidos na cidade. O melhor seria dizer que o plantio  de grãos sem revolver a terra como se fazia antigamente com arados puxados por bois ou tratores, evita a evaporação exagerada da água, contribui para não deixar a chuva carregar a terra para os rios e córregos juntamente com os fertilizantes, evitando de falar em lixiviação, erosão ou assoreamento.

Quando os consumidores falam em agricultura orgânica não há porque contestar-lhes a preferência, mesmo porque ela convive bem com o cultivo extensivo, cada uma atendendo a um seguimento de mercado. Pessoas que querem e podem pagar mais caro para ter produtos livres de transgenia, de fertilizantes e defensivos químicos (os tais orgânicos), têm todo o direito de optar por eles. Supondo que muitos escolham esses alimentos, o mercado rapidamente regulará a oferta e a procura, através do aumento dos preços, porque o custo do produto orgânico é muito maior que o do convencional.

Consumidores que querem ovos de galinhas criadas soltas, carne de suínos não confinados e de bovinos que comem só pasto podem ser atendidas, pois sempre haverá interessados em produzir para atender demandas específicas.

Mais ainda, se decidirem abandonar de vez o consumo de carnes trocando-as por hambúrguer de berinjela ou bife de feijão os agricultores  produzirão esses vegetais para substituir a carne, porque eles só plantam o que o povo compra.

Seria bom se os moradores da cidade conhecessem chácaras, fazendas e sítios  onde são produzidos os alimentos que consomem para mudarem o péssimo conceito fabricado por artistas, jornalistas e intelectuais sobre os agricultores brasileiro.

*RENATO DE PAIVA PEREIRA é empresário e escritor em Mato Grosso.

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