Em 1920 foi um ano de transformações no 3º Distrito Cuiabano. A partir da década de 20, Várzea Grande passa a receber melhor atenção dos governos na área de ensino, nos setores econômicos e sociais.
Os irmãos Curvo transferem o Saladeiro de Cuiabá para Várzea Grande, autorizados pela Intendência Municipal. Grande número de famílias de Nossa Senhora do Livramento e de Santo Antônio Leverger passam a radicar-se na terra Varzeana no decurso das décadas de 20, 30 e 40.
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No governo de Dom Aquino Corrêa, a normalista Adalgisa Gomes de Barros, natural de Rosário Oeste foi nomeada professora de uma escola feminina de Várzea Grande. Assim, em 12 de fevereiro de 1920, dona Adalgisa era empossada no cargo de professora na Vila (3º Distrito Cuiabano), quando tudo era moroso, triste, atrasado e uma onda de crimes era uma constante no núcleo emperrado. Também sem luz elétrica, sem água, de ruas e estradas tortuosas sem nada enfim.
Esforçada e inteligente, dona Adalgisa deu novos rumos ao ensino e interessou-se pela Vila em todos os ramos de atividades, conseguindo muitos melhoramentos durante os 17 anos que passou em Várzea Grande.
OUTRAS PROFESSORAS
Adalgisa de Barros foi transferida para Cuiabá em 1937, por imposição do novo regime, O Estado Novo. Por sua indicação ao Interventor Antônio Mena Gonçalves, foi criada a primeira Escola Reunidas em 1931 e que deu margem ao desenvolvimento do ensino na Vila.
Em sua gestão, várias professoras cuiabanas foram dedicadas mestras em Várzea Grande, enfrentando a travessia em canoas ou pela morosa balsa do Didito, e o duro trajeto a ser feito num velho ônibus. Foram: Maria da Glória Freire, Maria Orgina Freire, Ângela Jardim, Maria E. Freire, Amélia Vieira de Figueiredo, Antônia de Arruda e Sá, Erzila Curvo, Eunice Modesto Curvo, Amália Marques de Arruda, Helena Marques, Jacy Serra, Alzira Santana (segunda diretora das Escolas Reunidas) entre outras.
Essas mestras cuiabanas prestaram relevantes serviços na época, pois firmaram a estabilidade do ensino na Vila, uma vez que até então existia somente duas escolas, uma masculina sob a direção do Mestre Jacobina, e outra feminina sob a orientação da professora Mariana Serra.
Fonte: Livro Várzea Grande – Passado e Presente Confrontos 1867/1987, de Ubaldo Monteiro.
Wilson Pires de Andrade é jornalista e cerimonialista em Mato Grosso.
*WILSON PIRES DE ANDRADE é jornalista, locutor e mestre de cerimônia em Mato Grosso.