Grupo de espiões e homicidas que cobrava até R$ 250 mil para matar ministros e membros do Poder Judiciário tem estrutura complexa e chegava a contratar prostitutas para servirem como iscas para chegar até os alvos. Quando passavam o orçamento para um provável cliente, o grupo detalhava até mesmo o tipo de arma que iria utilizar.
Entre o armamento usado estão fuzis, lança rojão, minas magnéticas e explosivos de detonação remota. A organização criminosa também possui time de hackers, central de inteligência para levantar os alvos e células de reconhecimento da operação. O orçamento incluía gastos com locação de imóveis e compra de objetos para disfarce.
Nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da Operação Sisamnes, focada no grupo. Ao todo foram cumpridos 15 ordens judiciais, sendo cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva são Aníbal Manoel Laurindo, Etevaldo Luiz Caçadini De Vargas, Antônio Gomes Da Silva, Hedilerson Fialho Martins e Gilberto Louzada Da Silva.
Aníbal, Etevaldo, Antônio e Hedilerson já estão presos por envolvimento no homicídio do advogado Roberto Zampieri, praticado em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Inclusive, um dia antes de executar o advogado, Antônio esteve no escritório de advocacia do jurista utilizando uma boina e uma bengala para ocultar sua verdadeira identidade. O modus operandi vai de encontro com o utilizado pelo grupo de espiões e homicidas.
(HNT)