O retorno da Ponte Preta ao Moisés Lucarelli depois de mais de cinco meses terminou com um episódio lamentável na noite desta sexta-feira (14). O jogo foi sem público devido à pandemia do coronavírus, mas um grupo de aproximadamente 30 pessoas, contrariando as orientações de isolamento social, protestou na saída do ônibus após o empate por 3 a 3, pela terceira rodada da Série B. Houve agressão física a alguns jogadores, segundo testemunhas presentes no local.
Ivan, João Paulo e Camilo, três dos destaques do elenco, foram os principais alvos dos vândalos. O goleiro, melhor jogador da Macaca nos últimos anos, foi chamado de “mercenário”.
Ele foi criticado por ter falhado nos jogos contra Brasil-RS e Vitória, quando aceitou um chute de longe de Rafael Carioca aos 44 minutos do segundo tempo que impediu a primeira vitória da Ponte na Série B. O veículo oficial do clube também foi apedrejado.
O caso gerou revolta no elenco da Ponte, com jogadores querendo deixar o clube (não apenas um ou dois, mas vários). A diretoria precisou realizar uma reunião emergencial neste sábado para tentar contornar a situação e evitar saídas.
Na conversa, o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, também se comprometeu a reforçar a segurança nos próximos jogos em casa. Pelo protocolo da CBF, é permitido a presença de quatro profissionais desse departamento por clube a cada partida.
Ivan foi chamado de “mercenário” na saída do Majestoso — Foto: Luiz Guilherme Martins/ PontePress
O clube diz que tem as imagens para identificar os agressores e que vai disponibilizá-las para as autoridades na segunda-feira, quando vai registrar um boletim de ocorrência. A diretoria também promete entrar com ação para solicitar o ressarcimento dos prejuízos materiais.
O episódio deixa o ambiente carregado na Ponte para a sequência da Série B. Com dois pontos em nove possíveis até aqui (derrota para América-MG e empates com Brasil-RS e Vitória), a Macaca volta a campo na terça-feira, quando enfrenta o Oeste, às 20h30, no Canindé. (Globo Esporte)