O Grêmio acertou com os jogadores para transferir o pagamento de parte dos salários dos próximos meses a ser diluídos em 2021 e 2022. A iniciativa faz parte do plano de contingência do clube para encarar a crise por conta da paralisação do futebol no Brasil.
Assim, o Tricolor irá deixar de pagar pouco menos de 20% dos vencimentos de cada atleta em 2020 e repassará essa conta a ser diluída nos próximos dois anos. A medida dá fôlego para o clube enfrentar a queda de receitas. A diretoria põe em ação a partir de 1º de julho a segunda parte do chamado plano de contingência.
Antes, o Grêmio também havia acordado com o elenco pagar os direitos de imagem do período sem partidas em 2021. A medida foi uma das primeiras adotadas pelo Tricolor, ainda em abril.
O CEO Carlos Amodeo já havia detalhado os cenários desenhados pela direção para enfrentar a crise financeira durante a pandemia do novo coronavírus. O primeiro ciclo de estudo iniciou na metade de março, quando o futebol parou, e encerra no próximo dia 30. A segunda parte do plano entra em ação em 1º de julho.
A queda nas receitas subiu de R$ 20 milhões para R$ 30 milhões na análise feita no final de maio. E pode seguir aumentando enquanto o futebol não retorne. Além disso, a inadimplência dos sócios passou da casa dos 20%, o que também impacta no fluxo de caixa gremista.
Apesar de todas as dificuldades, a gestão do clube é elogiado pelo especialista do GloboEsporte.com, Rodrigo Capelo. O Grêmio também estuda desde o início da paralisação pedir um empréstimo bancário para conseguir se manter.
(Globo Esporte)