Uma audiência pública será realizada pelo governo de Mato Grosso no dia 7 de maio, às 10 horas, para a apresentação e debate sobre os detalhes dos estudos e modelagens técnica e econômico-financeira do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
De acordo com o estado, a audiência será virtual, por meio do canal do YouTube do governo, por causa das medidas de distanciamento impostas pela pandemia do coronavírus.
“Podem participar todos os interessados em discutir os estudos e documentos que levaram à conclusão de maior viabilidade do BRT como solução de mobilidade urbana na região metropolitana da capital”, informou.
O governo informou ainda que o link de acesso para os participantes do evento será disponibilizado durante a transmissão ao vivo e o espaço estará completamente aberto ao debate.
Na ocasião, serão apresentados os estudos que foram elaborados pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo de Trabalho criado em conjunto com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e a Caixa Econômica Federal a respeito da solução por ônibus.
Todos esses estudos também estão disponíveis no site da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Consulta Pública
O prazo da consulta pública se encerra no dia 28 de abril.
Até lá, os interessados podem formular questionamentos com eventuais dúvidas a respeito dos estudos apresentados, bem como dar suas contribuições através do e-mail consultapublica@sinfra.mt.gov.br.
BRT x VLT
A decisão do governador em pedir a substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria mais seis anos para conclusão.
O estudo apontou diversos riscos na hipótese de implantação do VLT, segundo o governo. Um deles é o valor da tarifa, que ficou orçada em R$ 5,28, montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10.
Já na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04.
Outro revés do VLT estaria no subsídio que o Governo de Mato Grosso teria que pagar para que o modal funcionasse: R$ 23,2 milhões por ano.
Com o BRT, a estimativa é que a implantação ocorra em até 22 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço para início das obras.
O custo de implantação também é consideravelmente menor. Enquanto o VLT consumiria mais R$ 763 milhões, além do R$ 1,08 bilhão já pago, o BRT está orçado em R$ 430 milhões, já com a aquisição de 54 ônibus elétricos. O Governo de Mato Grosso também vai ajuizar uma ação contra o Consórcio para que as empresas que o integram paguem R$ 676 milhões pelos danos causados.