O governo do estado decretou, nesta quarta-feira (1º), a formação de um grupo de trabalho central para desenvolver ações de monitoramento e estratégias para reduzir a propagação da Covid-19 nos territórios indígenas em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, existem sete Distritos Sanitários Especiais Indígenas: do Araguaia, Cuiabá, Kayapó-MT, Xavante, Xingú, Porto Velho e Vilhena.

Só em indígenas da etnia Xavante, já foram registrados 102 casos de Covid-19 e nove mortes em decorrência da doença, de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde.

Além disso, dados do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (Dsei) Xavante apontam que 91% das aldeias não têm uma Unidade Básica de Saúde Indígena, o que mostra a falta de estrutura na região para combater qualquer tipo de doença que se venha a se espalhar pelas aldeias.

Conforme o decreto, o trabalho será o de acompanhar, articular e apoiar a implementação dos planos de contingência nas regiões que requerem maior urgência para a contenção da contaminação da Covid-19 no interior das aldeias.

Atualmente, Mato Grosso conta com 55 mil indígenas que são atendidos por seis Dseis.

O novo grupo de trabalho será coordenado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que explicou que o objetivo é dar subsídios para que as secretarias de Saúde Estadual e Municipais, Distritos Sanitários Especiais Indígenas, Ministério da Saúde e a Fundação Nacional do Índio (Funai) possam atuar de forma mais rápida e específica no enfrentamento da pandemia no interior das aldeias.