O governo anunciou, nesta quinta-feira (7), o retorno de 100% das aulas presenciais nas escolas estaduais para o dia 18 de outubro. De acordo com a decisão, para os estudantes com comorbidade o retorno é opcional.

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) se posicionou contra a medida adotada pelo governo.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que a decisão de retorno levou em consideração os seguintes pontos:

 

  • A frequência dos estudantes no formato híbrido;
  • A recuperação da aprendizagem dos alunos;
  • A eficácia das medidas de biossegurança;
  • O baixo índice de ocupação dos leitos de UTI e o avanço da cobertura vacinal contra a Covid-19.

 

A medida foi anunciada depois da publicação do decreto que flexibilizou as regras de prevenção à Covid-19.

No anúncio, o governo disse que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) começou a repassar doses da Pfizer para a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos.

Nos 60 dias de retorno no sistema híbrido, segundo o secretaria, não houve aumento expressivo de contágio pela coronavírus entre os alunos e professores. Nesse período, foram registrados 237 contaminações entre os servidores e 238 casos confirmados entre os alunos.

A medida anunciada também levou em consideração o percentual de retorno no sistema híbrido. Na região de Cuiabá, 58,89% dos alunos retornaram. Em Matupá, 82,89% dos alunos retornaram.

De março de 2020 a julho de 2021, as aulas foram 100% online, por meio de plataformas de educação ou por apostilas impressas.

Já em agosto deste ano, a rede estadual passou a adotar o sistema híbrido, ou seja, revezamento de 50% dos alunos em cada semana.

A partir do dia 18 de outubro, o estado começou a atender os cerca de 400 mil alunos no ensino presencial.

O Sintep diz que recebemos com perplexidade o anúncio do retorno das atividades presenciais, com 100% de estudantes e destacou que é um erro. Já que a pandemia ainda não acabou.

“Não há que se falar em retorno de 100% das atividades presenciais nas unidades escolares sem a imunização total dos estudantes, adequações estruturais das escolas que garantam o distanciamento entre outras medidas de biossegurança. Esperamos que os pais tenham a consciência do que está em jogo é a vida dos seus filhos. Sabemos que a aprendizagem se recupera. Vidas perdidas não”, defendeu.