Cristiano Antonucci/Secom

Diante de graves acusações citadas em relatório de inspeção na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Ferrugem, em Sinop (500 km ao Norte), o governador Mauro Mendes (União) assegurou apuração e punição aos envolvidos. Além de supostas torturas aos reeducandos, o documento aponta ameaça e plano para matar magistrados.

Em evento na tarde desta segunda-feira (15), o chefe do Executivo disse que “não tem compromisso com o erro”, mas que é preciso trazer mais evidências sobre as denúncias.

“É necessário que tragam mais evidências. Não dá para ouvir apenas um lado e emitir uma opinião”, declarou.

O relatório feito pelo Tribunal de Justiça traz que um detento faccionado teria sido incumbido de matar juiz durante audiência. Para isso, ele teve as algemas destrancadas e “ganhou” uma arma artesanal conhecida como chuço. Em troca do “serviço”, o faccionado teria tratamento “vip” na unidade prisional. Porém, o criminoso disse que desistiu de executar o plano.

Outro trecho do documento fala sobre um carro do Judiciário interceptado por uma caminhonete Amarok na estrada. Além disso, narra condições subumanas e tortura aos detentos.

Sobre as acusações, Mauro disse que as medidas foram tomadas e o cenário é apurado pelo Estado.

“Espero que rapidamente tragam luz aos fatos. E se alguém, da parte do Governo, fez alguma coisa errada, não tem o compromisso com erro, nunca mandei fazer, nem um secretário, e seguramente serão punidos”, alegou.

(GD)