Com o tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – amanhã vai ser outro dia”, a 8ª Conferência Municipal de Saúde foi aberta, nesta quinta-feira (16) no anexo do Hits Hotel e marcada por números, dados e depoimentos do que ocorreu com o SUS municipal, após 4 anos da realização da última Conferência de Saúde.
Como explicou o secretário municipal de Saúde, Gonçalo de Barros, as discussões acontecem a cada quatro anos e é um dos mais importantes espaços de diálogo entre governo e sociedade, para a construção de políticas públicas voltadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Lembrou ele, que foram tiradas 40 propostas da última conferência, para concretização no SUS municipal, destas já foram implantadas e implementadas 28, e, 3 foram consideradas impossíveis de serem aplicadas, por depender exclusivamente da alta complexidade, que se dá na Rede SUS em serviços referenciados, que são implantados ou nas capitais ou em hospitais referenciados no Brasil, duas em andamento e 7 em análises.
“Com o advento da Pandemia, nos últimos dois anos que exigiu muita atenção da Rede SUS municipal para salvar vidas, houve uma correria e adaptação da Rede de Serviços para atender os casos e ocorrências da Covid-19. Com isto, o SUS focou em salvar vidas, tratar da população infectada, e muitas ações ficaram para trás, diante da gravidade da pandemia. Vieram as vacinas e a proteção da vida. Paralelamente as ações exclusivas contra a Covid-19, reorganizamos novamente a rede SUS do município, e replanejamos as nossas metas e serviços que já deveriam ter sido implementadas. Mesmo assim cumprimos muitas propostas tiradas deste amplo debate que são as conferências”, explicou o secretário aos participantes.
Gonçalo citou a mais importante reestruturação, na Atenção Primária, que foi o de elevar a cobertura de atendimento pelo programa Saúde da Família na Gestão Kalil Baracat.
“Todas as nossas unidades básicas passaram a serem Estratégia Saúde da Família. No início da gestão Kalil a cobertura era de 26% com somente 21 equipes da família, elevamos para 68 equipes, com cobertura de 70% hoje, e queremos chegar até o final do mandato com 80%, ou mais, que é a proposta da última Conferência. Está previsto já para termos mais 212 equipes, ou seja, já estamos cumprindo com louvor esta proposta”, explicou Gonçalo Barros.
Como exemplo de uma proposta implementada parcialmente, mas que já ganhou repercussão estadual, foi a implantação do Serviço Materno Infantil na Atenção Terciária.
“Com a pandemia, tínhamos que tirar a Rede Cegonha de dentro do Hospital e Pronto Socorro, e criamos o serviço materno infantil, que é um braço do PS. Medida cumprida parcialmente, porque a proposta é a implantação de um hospital Materno Infantil, que vamos construir e está no Plano de Governo do Prefeito Kalil. Esta medida nos proporcionou realizarmos mais de 2.800 partos, ou seja, as crianças nasceram em uma unidade apropriada, com corpo clínico completo e com segurança, além de já saírem da unidade hospitalar, a Certidão de Nascimento e CPF, ou seja, saem de lá cidadão na essência da palavra. As crianças estão nascendo em Várzea Grande. Uma realidade na rede SUS Municipal”.
Como ainda explicou Gonçalo Barros, na atenção secundária, no quesito saúde mental, este ano de 2023, Várzea Grande completa as propostas estabelecidas, com a inauguração para o primeiro semestre de um novo Centro de Atenção Psicossocial – Caps 24h e um outro Centro que já está com sua construção adiantada. Depois de entregues essas unidades passaremos a estar com 100% da proposta tirada na Conferência de Saúde atendida.
Para que mais propostas sejam cumpridas, Gonçalo informou que o Planejamento Estratégico da Saúde Municipal, aponta a cobertura das atenções primária e secundária em todas as regiões do município.
Exemplo, de proposta que consta no Plano de Governo Municipal, é a construção de mais uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas na Região da Rodovia Mário Andreazza e a construção de mais uma Unidade de Estratégia da Saúde da Família no Grande São Mateus para auxiliar os serviços médicos e odontológicos da Rede Pública Municipal.
“Além do reforço nos atendimentos médicos queremos e vamos iniciar a descentralização da atuação do Centro Odontológico para que toda a Várzea Grande e sua população, tenha atendimento odontológico de qualidade, lembrando que é fundamental na saúde das pessoas que a boca e os dentes sejam sadios”, disse Gonçalo Barros.
Somado a isso com a reestruturação do Hospital Pronto Socorro de Várzea Grande, será implantado mais 40 leitos de UTIs e a construção de um novo Centro de Reabilitação, ações que permitirá estarmos cumprindo quase a totalidade das propostas. Não vamos chegar aos 100%, porque o SUS é dinâmico, a pandemia e doenças chegam sem avisar, e nós temos que ofertar cada vez mais serviços e atender a nossa população nas suas necessidades”, disse o titular da Saúde de Várzea Grande.