Em busca de recursos para manter os salários dos jogadores em dia, o Cruzeiro ainda precisa correr contra o tempo para quitar empréstimos e, de forma mais urgente ainda, tem que pensar nas dívidas que tem em processos que correm na Fifa. No dia 1º de abril, o clube terá de pagar R$ 60 milhões referentes a essas ações que correm na entidade maior do futebol mundial. É o que garante Saulo Fróes, presidente do conselho gestor celeste.

– Estamos negociando com os bancos, quase todos conseguimos, mas o maior problema hoje é a dívida da Fifa, que é de R$ 60 milhões, no dia 1º de abril. Esse estamos focando para resolver.

Questionado sobre as sanções que o clube poderá sofrer no caso de não arcar com o pagamento da quantia, ele foi claro:

“Vai para Terceira Divisão e ainda perde seis pontos. Isso pode acontecer”

A 62 dias do prazo final, o conselho gestor ainda não sabe de que forma irá angariar recursos para pagar tais dívidas. Segundo Saulo, no entanto, já há algumas estratégias sendo estudadas pela diretoria.

– Vamos ter que nos virar. Não temos a mínima ideia agora, completa, do que vamos fazer. Estamos com algumas estratégias, que ainda não podemos revelar, e estamos vendo se serão viáveis.

Dívida tributária e Profut

Saulo Fróes também explicitou a preocupação no que diz respeito às dívidas tributárias do Cruzeiro. Segundo ele, representantes do clube irão a Brasília na sexta-feira, a convite do governo, para renegociar os débitos e tentar, assim, manter o Cruzeiro no Profut (Programa de Modernização da Gestão de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro):

– Situação é realmente muito delicada, muito perigosa. Vamos tentar resolver. Sexta-feira estamos indo em Brasília justamente para tentar iniciar um processo e mostrar que hoje a cara do Cruzeiro é outra. É outro Cruzeiro. Aquele que não tinha credibilidade perante ao governo acabou. Fomos, inclusive, convidados a ir lá. (Globo Esporte)