O candidato ao Senado, Antônio Galvan (PTB), criticou o Ministério Público Federal (MPF) por tentar suspender o licenciamento ambiental da ferrovia que vai ligar Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde a Rondonópolis.
A ação foi proposta com a alegação de que não houve estudos de impacto da obra sobre a população indígena. Para o candidato, a intervenção não é um pedido dos indígenas, mas sim de pessoas de fora.
“São utilizadas ONGs, pessoas que não querem o crescimento do Estado. São induzidos sempre por terceiros, por gente de fora das reservas indígenas”, afirmou em entrevista à rádio CBN Cuiabá, na última semana.
“São pessoas que trabalham contra o Brasil, contra o desenvolvimento e atingem milhões e milhões de pessoas, porque esses alimentos se chegassem pela ferrovia seriam muito mais baratos”, acrescentou.
O candidato discordou que o objetivo do MPF seja preservar as terras indígenas. Segundo ele, a ferrovia não passaria pela área indígena e que este tipo de solicitação só serve para “atrasar” o Estado.
Ainda alegou que os próprios indígenas pedem pela infraestrutura e defendeu que eles não devem mais ficar isolados da sociedade.
“Adianta querer aumentar área indígena, dar mais terra, se você não pode usar? Não pode fazer a exploração de um mineral, não pode plantar, porque eles têm que ser nômades, têm que viver lá dentro enjaulados”, completou.