O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Esforço Comum, que tem como a alvo a Coopervale, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Segundo as investigações, a cooperativa era contratada para prestar serviços a prefeituras, mas depois parte do pagamento era “devolvido” a políticos.

São cumpridos 36 mandados de busca em apreensão, sendo 33 em Mato Grosso, um em Japorã (MS) e dois em Guaíra (PR), onde a cooperativa também tem sede.

As investigações até o momento revelaram que a cooperativa firmou contrato com diversos municípios mato-grossenses e estendeu sua atuação para outros estados da federação. Contudo, há indícios de que houve prévio ajuste para contratação da cooperativa, ao menos junto ao município de Rondonópolis, que resultou no pagamento de mais de R$ 67 milhões.

Recentemente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que o município de Rondonópolis se abstivesse de contratar a Coopervale, em razão de inúmeras irregularidades constatadas no contrato. Além disso, indícios apontam que vários indivíduos são utilizados como prováveis “laranjas” para devolução desses valores para agentes públicos e outros particulares possivelmente que estejam atuando na “lavagem de dinheiro”.