Contadores de empresas fantasmas, que moram em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Vila Rica, Goiânia/GO e São Miguel do Oeste/SC, foram alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrada nesta terça-feira (14), em ação realizada com apoio do Gaeco de São Miguel do Oeste (SC) e de Goiânia (GO).
Ao todo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão. De acordo com a unidade regional do Gaeco de Sorriso, a investigação teve início com as informações contidas na quebra de sigilo bancário e fiscal de alvos da operação “Camuflagem II”, quando foi desarticulada organização criminosa que praticava, entre outros crimes, o roubo de defensivos agrícolas.
Na ocasião, o Gaeco constatou que diversas empresas emissoras de notas fiscais, do ramo agrícola e de transportes, não existiam de fato. Além disso, identificou-se que muitos dos “proprietários” dessas empresas não possuíam perfis financeiros condizentes com o capital social da pessoa jurídica, eram falecidos e/ou possuíam longo histórico criminal.
Após confrontações dos dados e documentos levantados, as investigações indicaram contabilistas específicos que eram responsáveis pela maior parte das empresas fantasmas.
A operação foi nomeada de Ghost pelo motivo de o objeto apurado ser a criação e movimentação de empresas “fantasmas”, criadas para operar atividades ilícitas.
CAMUFLAGEM II – Os nove réus denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso em razão da Operação Camuflagem II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Sorriso (395 km de Cuiabá), foram condenados pela Justiça. As penas aplicadas somam mais de 250 anos de prisão.