Campeão carioca de 2021, o Flamengo teve em Gabigol seu artilheiro na competição. O camisa 9 marcou duas vezes na vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense e foi eleito o craque do torneio, além de figurar na seleção. Em entrevista após o jogo, o atacante falou sobre a hegemonia rubro-negra – o Flamengo conquistou seu sexto tricampeonato no Carioca.
– Ficou famosa a frase (“outro patamar”), acho que o Bruno foi muito feliz. Creio que a administração do clube vem sendo montada faz anos, faz diferença. Jogadores que aqui estão sempre mantêm a fome, a vontade de morar no Rio e viver esse momento. São vários fatores que fazem a gente estar acima. Eu falo isso, somos o melhor time do Brasil, mas temos que treinar, correr e dar a vida todos os dias. (…) Só para dar uma provocadinha: jogaram como nunca, perderam como sempre – afirma.
Gabigol ficou a apenas um gol de alcançar Alef Manga, do Volta Redonda, que terminou como artilheiro do Carioca, com nove gols. O jogador foi substituído por Rogério Ceni aos 35 minutos do segundo tempo.
– Muita gente diminui estadual, os títulos que o Flamengo ganha. Ganhar o Carioca é sim difícil, ganhar três seguidos não é pra qualquer equipe. Vale a pena comemorar, hoje tá liberada a festa. (…) Segue tudo normal no Rio de Janeiro. Jogamos sim contra uma grande equipe, mas quando pega o Mengão na final… É embaçado (risos) – afirma.
O atacante ainda dedicou o título ao amigo MC Kevin, que morreu nesta semana, com quem trocou mensagens no último sábado.
– Momento de paz fora do campo. Um pouquinho triste ainda pela morte do Kevin, que era um amigo meu. Aproveitando a oportunidade, dedico este título para ele, para a família dele. Tinha prometido isso para ele. Eu falei com ele no sábado, falei que ia colocar as músicas dele aqui. Muito triste, ainda sem acreditar no que aconteceu. Dedicar para ele no céu. É uma homenagem para ele. (…) Jogar no maior time do Brasil e ser campeão direto e realizar meu sonho de jogar na Seleção. Sempre que vou lá eu aprendo – finaliza.
Outras respostas de Gabigol:
– O Flamengo se cobra todos os dias. Na rua, em casa, vendo TV, com os amigos. Então vários amigos flamenguistas que torcem para que a gente continue. Então eu acho que jogamos em um grande time, mora em uma grande cidade, joga para uma grande torcida. Temos uma grande estrutura e temos que responder dentro de campo, sendo campões.
Tem que ver o nosso vestiário como é. Por isso o Flamengo está onde está, como diz o Bruno Henrique, em outro patamar. Então é briga, é discussão… No treino é a mesma coisa, às vezes até pior. Todos os dias todos se cobrando, independente da idade, da experiência que já tem. Todo dia isso. Essa briga foi das menores. Tem várias no vestiário que é mais calorosa. Então segue o baile. Agora vou tomar um vinhozinho com ele e está tudo certo. (Globo Esporte)