Fred foi o convidado especial da transmissão do “jogo do tetra” do Fluminense pela TV Globo neste domingo. O centroavante, que está em Belo Horizonte e foi anunciado como novo reforço do clube antes da reprise, durante o intervalo revelou que irá ao CT tricolor no Rio de Janeiro de bicicleta como parte de uma ação social para ajudar famílias carentes. Ele doará cestas básicas por quilômetro percorrido. São mais de 400 km de distância.
– Lógico, todo mundo queria estar junto da torcida para sentir o calor, mas estamos nos adaptando e encontrando alguma forma de fazer alguma coisa. Inclusive, estou treinando há uns meses, coloquei no meu treino bicicleta e vou fazer minha volta para o Rio de Janeiro, daqui de Belo Horizonte até o CT do Fluminense, de bicicleta. Vai ser muito desgastante, tem os riscos, mas o objetivo é de conseguir donativos – revelou o atacante, que completou:
– Antes desse projeto funcionar, já tenho alimentos para ajudar mais de três mil famílias. E também vou lançar o desafio: para cada quilômetro que percorrer, também vou doar cesta básica. A torcida do Fluminense é muito solidária, o povo brasileiro é muito solidário, e estamos conseguindo através das redes sociais, do esporte de alguma forma, levar alegria e ajudar alguém. Vão dar 600 quilômetros de bicicleta. Galvão, se quiser que passe aí na vinícola, já me dá o toque (risos).
Durante a transmissão, Fred falou com algumas pessoas e viu postagens nas redes sociais. Amigo dos tempos de Cruzeiro, o lateral Egídio foi o primeiro com quem conversou. Depois, bateu um papo por telefone com Gabriel Sueth, torcedor tricolor cujo pai havia ligado para um dos funcionários do Flu que estava com o jogador. Ao saber que o garoto era tricolor, Fred pediu: “Deixa eu falar com ele!”. Por fim, o atacante ouviu o áudio do “Bom dia, família” e mandou mensagem para Eduardo Torreão, autor da gravação.
Veja outros momentos da participação
Negociação
– Já tinha o interesse da minha parte e do Fluminense há muito tempo, tenho contato muito próximo com o presidente Mário. O acerto foi essa semana, o Fluminense fez a proposta, eu aceitei e ficou bacana. Já estava ansioso, sabia que ia sair de todo jeito. Uma das coisas que atrapalhou o acerto antes foi essa pandemia que infelizmente estamos vivendo, mas fiz dois anos de contrato e estou muito feliz. Hoje temos que fazer isso tudo pela internet, todo mundo se adaptando, mas está sendo maravilhoso, estou recebendo cada mensagem, vídeo do torcedor, aqui revivendo esses gols.
Recém-anunciado, Fred fala sobre tetra do Fluminense com Galvão Bueno e Luis Roberto
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– Está sendo um dia muito marcante para mim, porque nós vamos poder reviver juntos esse momento desse título, anunciando a minha volta, eu só estou recebendo carinho. Tenho certeza de que vou dar a minha vida para poder retribuir novamente isso que recebo da nossa torcida tricolor.
Torcedores de bigode
– Tem vários estilos. A galera toda me marcando, muito bacana como mobilizou toda a nossa torcida. A minha esposa até brincou comigo: “Você errou nesse bigode, né?” Falei: “Não errei agora em 2020, não. Errei em 2012” (risos). Brinco que peguei o bigodão do Júnior Capacete emprestado.
Lembranças do tetra
– Começa a passar na cabeça todas as vitórias e dificuldades. Mas, por incrível que pareça, o que mais vem (à cabeça) depois desse título de 2012 foi a escapada que ficou em 2011. O 11 preparou a gente para ganhar esse 12. A gente deu valor a cada jogo, começou a passar um filme.
Volta do futebol
– Minha ideia bate completamente com a do Mário. Antes de voltar com futebol tem que se preocupar com a nossa saúde. A gente está vendo que o negócio é muito sério. Claro que o futebol não é só diversão, o futebol emprega muitas famílias, tem pessoas que precisam. A gente tem condições de ir lá, trabalhar, manter. Mas os funcionários têm que entrar no ônibus, têm contato com seus familiares. No Fluminense mesmo, eu conheço todo mundo, tem vários funcionários considerados do grupo de risco, como tem em todos os outros clubes.
Fred relembra trajetória em 2012: “Passa na cabeça todas as vitórias e dificuldades”
– A gente está pedindo a Deus encontrar a solução desse problema, para as coisas acalmarem, diminuir o risco, esse número de mortes que tem acontecido, (diminuir o) aumento dessa doença para gente jogar um futebol seguro, assim como está acontecendo na Alemanha. A gente está acompanhando lá, que possa acontecer no tempo ideal e não coloque ninguém em risco, nem os familiares, nem a imprensa, nem jogadores, funcionários, enfim… (Globo Esporte)