Em Cuiabá, uma força-tarefa com intervenção cirúrgica inédita no Hospital Municipal São Benedito salvou a vida da técnica de enfermagem várzea-grandense, Bruna Ricarte, 29 anos, acometida por um grave e raro tumor chamado Siringomielia.

A patologia, também denominada siringe, se aloja na área central da medula espinhal e gradualmente se expande e produz lesão nervosa progressiva, até evoluir para a tetraplegia e morte, caso não haja rápida intervenção cirúrgica.

 

O caso, que foi diagnosticado após um ano de dores e uma paralisia repentina na perna direita há três meses, chegou para equipe médica do São Benedito no início de agosto, ainda mais raro e grave devido à expansão do tumor já ter atingido boa parte da medula (com dimensões do C4 a T4). Dessa forma, para o sucesso da cirurgia, foi necessária a utilização de equipamentos como o aspirador ultrassônico, aliado à monitorizarão neurofisiológica transoperatória – ambos providenciados pela gestão Emanuel Pinheiro.

De acordo com o neurocirurgião Geovane Mendes, que conduziu a cirurgia, as chances da paciente foram consequência do esforço conjunto da gestão junto à diretoria do Hospital para conseguir os aparelhos. “O caso da Bruna era muito grave e inclusive corria o risco de ela não sobreviver à cirurgia e ou, de ficar tetraplégica, que também era o efeito final da doença. As chances eram usar esses dois recursos, aliados ao microscópio cirúrgico de última geração existente no São Benedito para que obtivéssemos a precisão necessária para o sucesso esperado. A gestão não poupou esforços e em duas semanas tudo o que precisávamos estava pronto e pudemos realizar a cirurgia na primeira quinzena de agosto”, explicou o especialista.

De volta ao hospital para a primeira consulta pós-operatória, na última sexta-feira (19), Bruna, que pela complexidade da lesão está cadeirante aguardando o retorno dos movimentos das pernas por meio de fisioterapia, revelou que não tem palavras para agradecer.

“Nunca poderei agradecer o que o Dr. Geovane e o prefeito Emanuel Pinheiro fizeram pela minha vida. Eu estava sentindo dores há pouco mais de um ano e, há três meses minha perna direita travou. Mesmo trabalhando em hospital, foi só então que, após insistência da minha família, busquei ajuda médica e tive o pior diagnóstico da minha vida. Eu sabia que sem a cirurgia minha sentença era a tetraplegia, não havia como fugir disso até a morte. Mas, graças a Deus, a equipe do São Benedito não poupou esforços para conseguir o que precisava para diminuir meus riscos. Chegamos até a pensar em vender nossas coisas para tentar pagar particular – o que ficaria uma média de R$ 100 mil. Mas, graças à sensibilidade de todos os envolvidos eu estou aqui viva e pronta para superar essa cadeira de rodas e reiniciar minha vida com meu filho, esposo e o restante da família o quanto antes. Não há palavras que possam descrever minha gratidão”, enfatizou.

OUTRAS CIRUGIAS

Ainda de acordo com o neurocirurgião, os equipamentos adquiridos pela gestão Emanuel Pinheiro e ainda o apoio ofertado, tem proporcionado a realização de procedimentos em alta complexidade inéditos em Mato Grosso e, consequentemente, colocado o São Benedito entre os melhores hospitais do país.

“A equipe é a mesma desde a abertura do hospital. Mas hoje, temos equipamentos com tecnologia que alguns hospitais particulares não têm. Esse parque tecnológico de geração avançada tem nos municiado para realizar cirurgias jamais feitas antes no estado e colocado o São Benedito entre os melhores. E quem ganha com isso é a população”, completou.