“Vamos, tricolores”! O Fluminense, enfim, é o grande campeão da Libertadores. O sonho em alcançar a Glória Eterna, algo esperado por tanto tempo, foi consumado na prorrogação com a vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors-ARG neste sábado (4), no Maracanã. John Kennedy entra para a história do clube das Laranjeiras, anotando o gol do título. Germán Cano e Advíncula marcaram no tempo normal.
Diante de quase 70 mil torcedores que lotaram o Maracanã, o Tricolor chega à conquista da América após a frustração pelo vice-campeonato do principal torneio continental em 2008.
Primeiro tempo, Flu domina e Cano marca
O Fluminense fez o seu tradicional jogo de costura, buscando impor seu ritmo. Mas parou inicialmente na marcação congestionada do Boca. Na primeira finalização dos brasileiros, aos 13, Cano cabeceou nas mãos de Romero. Os argentinos responderam com Merentiel, que chutou de fora da área para defesa de Fábio, e depois com Cavani, que desperdiçou grande chance de arrematar após ótimo passe de Barco.
O duelo seguiu na mesma toada, com o Tricolor dominando a posse por completo, ainda que não criando tantas chances. Os argentinos aguardaram no seu campo após terem dificuldades com passes no ataque. Até que, aos 35, Keno fez bonita tabela com Arias pela direita e cruzou rasteiro para Cano, na marca do pênalti e de primeira, abrir o placar. Foi o 13º gol do artilheiro da Libertadores. O Boca fez tentativas frustradas de sair da defesa após o gol.
Segundo tempo, Boca equilibra no emocional e empata
O Boca Juniors buscou equilibrar a partida no aspecto emocional, recorrendo a uma quantidade maior de faltas para irritar os jogadores do Fluminense sempre que o adversário recuperava a bola. Até então o time brasileiro vinha envolvendo a defesa argentina com boa troca de passes. Mas a força ofensiva do Boca pela direita passou a preocupar.
Em uma das investidas de Advíncula por aquele lado, o peruano recebeu de Medina, cortou para o meio e finalizou de esquerda no canto direito de Fábio para igualar o placar, aos 26. O Fluminense reclamou bastante da demora do árbitro Wilmar Roldán em autorizar o retorno de Samuel Xavier, que havia recebido atendimento fora de campo.
A partir daí, os técnicos promoveram muitas substituições. Com fôlego novo, as equipes mantiveram a intensidade. John Kennedy e Lima entraram bem, colocando fogo no jogo, assim como Diogo Barbosa passou a dar segurança ao lado esquerdo da defesa tricolor. O nível de tensão aumentou na reta final, e Merentiel quase fez um golaço. Nos acréscimos, Diogo Barbosa desperdiçou uma chance incrível no último lance.
Prorrogação
O Boca buscou administrar o jogo, trocando passes. Mas, aos oito minutos do primeiro tempo da prorrogação, Diogo Barbosa lançou Keno, que ajeitou de cabeça para John Kennedy desferir um chutaço e levar o Maracanã à loucura: 2 a 1 Fluzão. Na comemoração, o atacante correu para a torcida, levou o segundo amarelo e foi expulso. David Braz entrou para fortalecer a zaga diante da vantagem numérica do rival até que Fabra deu tapa no rosto do Nino e recebeu vermelho após análise do VAR.
Na etapa final do tempo extra, o Boca foi para cima ao passo em que o Fluminense se plantou na defesa. Taborda arriscou de fora da área, obrigando Fábio a fazer grande defesa. Os argentinos cederam espaços, e após contra-ataque, Guga acertou a trave de Romero. Os minutos finais foram de tensão no Maracanã até o apito final que liberou o grito de “É campeão!” do torcedor do Fluminense.
BOCA JUNIORS-ARG 1×2 FLUMINENSE
Final da Libertadores-2023
Data e horário: 4/11/2023, às 17h (de Brasília)
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Gols: Cano, 35’/1ºT (0-1); Advíncula, 26’/2ºT (1-1); John Kennedy, 8’/1ºTP (1-2)
Público/Renda: 69.232 / R$ 31.702.250,00
BOCA JUNIORS: Sergio Romero; Advincula, Figal (Valdez, 7’/2ºTP) , Valentini e Fabra; Pol Fernández, Ezequiel Fernández (Saracchi, intervalo/P), Cristian Medina (Taborda, intervalo/P) e Valentín Barco (Langoni, 32’/2ºT); Merentiel e Cavani (Benedetto, 32’/2ºT). Técnico: Jorge Almirón.
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier (Guga, 39’/2ºT), Nino, Felipe Melo (Marlon, 6’/2ºT) e Marcelo (Diogo Barbosa, 34’/2ºT); André, Martinelli (Lima, 34’/2ºT) e Ganso (John Kennedy, 34’/2ºT); Arias, Keno (David Braz, 11’/1ºT (P) e Cano. Técnico: Fernando Diniz
Árbitro: Wilmar Roldan (Fifa-COL)
Auxiliares: Alexander Guzman (Fifa-COL) e Dionísio Ruiz (Fifa-COL)
VAR: Juan Lara (Fifa-CHI)
Cartões Amarelos: Figal, Cavani (BOC); Keno, Nino (FLU)
Cartões Vermelhos: Fabra, 20’/1ºTP (BOC); John Kennedy, 10’/1ºTP (FLU)
fonte: Jogada 10