O caminho é o mesmo, com a expectativa de chegar ao destino tão feliz quanto da última vez. O Flamengo repete a estratégia que o levou até Jorge Jesus para dar a largada na busca pelo novo treinador, em planejamento no qual o nome do Mister está em pauta mais por obrigação do que por ser algo palpável. Em reunião com o empresário Bruno Macedo, o vice de futebol Marcos Braz teve como objetivo principal abrir o leque de possibilidades no mercado português.

Foi Macedo, sócio do grupo de Giuliano Bertolucci com grande influência em Portugal, quem conduziu as conversas com JJ em meados de 2019. O encontro na Zona Sul do Rio de Janeiro após a vitória sobre o Ceará, na terça, serviu muito mais para apresentar possibilidades que fujam das óbvias (Marcelo Gallardo, Jorge Jesus e André Villas-Boas) e debater conceitos na busca pelo substituto de Renato Gaúcho. O jantar foi revelado pelo jornalista Julio Miguel Neto.

O Flamengo está convicto de que seu novo comandante virá do exterior, e a prioridade está em Portugal. A diretoria tem intermediários sondando as situações de Jorge Jesus e Marcelo Gallardo, mas as primeiras informações dão conta de que abrir negociações é improvável, mais pelo plano de carreira de ambos do que por questões financeiras.

Jorge Jesus e Bruno Macedo na ocasião do acerto com o Flamengo, em maio de 2019 — Foto: A Bola TV

Jorge Jesus e Bruno Macedo na ocasião do acerto com o Flamengo, em maio de 2019 — Foto: A Bola TV

Desta maneira, o Flamengo mira nomes mais palpáveis tanto financeiramente quanto como ambição profissional, e Bruno Macedo é quem começa a abrir este leque. Na ocasião da saída de JJ, ele fez a ponte para conversas com Carlos Carvalhal e José Peseiro – ambas sem final feliz.

De passagem pelo Brasil por motivos pessoais, Macedo retorna para Portugal já no fim de semana com a missão de mapear o mercado por nomes que supram as necessidades rubro-negras.

Com o alvo apontado para Portugal e ciente de que o “não” é o mais provável de Jorge Jesus e Marcelo Gallardo, o Flamengo promete abrir o cofre e avaliar minuciosamente as opções de um profissional para comandar o próximo triênio, que chegue com uma equipe multidisciplinar. Depois das experiências frustradas com Dome, Ceni e Renato, o tempo é aliado para minimizar o erro. (GE)