Promovido para a primeira divisão pela primeira vez, o Cuiabá assinou nesta quinta-feira um contrato com a Globo para a cessão de seus direitos de transmissão no Campeonato Brasileiro. O acordo valerá até 2024 – desde que o clube continue a integrar a elite do futebol nacional. Nos últimos dias, houve um impasse pelo fato da diretoria do Dourado não ter aceitado as condições da emissora, consideradas pelo clube cuiabano, como muito inferior à oferecida aos outros times.

No entanto, a diretoria do Cuiabá chegou a um acordo flexibilizado por ambas as partes. O clube mato-grossense participará do mesmo modelo de distribuição de verba dos adversários. Do total a ser pago pela emissora pelos direitos de televisão aberta e fechada, 40% são divididos de maneira igualitária, 30% dependem da quantidade de partidas transmitidas e 30% são pagos conforme a colocação na tabela após o campeonato.

– A Globo é um grande veículo de comunicação do esporte, não só do futebol. Não se trata só da transmissão. Existe toda a valorização do produto. Por ser o primeiro ano em que vamos disputar a Série A, não podíamos ficar fora da Globo – resumiu o empresário Cristiano Dresch, que administra o Cuiabá junto do irmão Alessandro.

Jogadores do Cuiabá comemoram acesso — Foto: AssCom Dourado

Jogadores do Cuiabá comemoram acesso — Foto: AssCom Dourado

No contrato do clube com a Globo também estão incluídos os direitos para pay-per-view. Neste caso, a distribuição do dinheiro é realizada de acordo com a base de assinantes. Dresch afirma que este modelo deveria ser revisto no futuro para balancear a competição entre adversários tradicionais, com torcidas numerosas, e entrantes.

– Eu acho o modelo de distribuição do pay-per-view injusto. Ele prejudica clubes como o Cuiabá, que precisam do dinheiro para sobreviver numa competição como a Série A. O modelo precisaria ser estudado, porque a gente não pode manter esse abismo [entre adversários] – afirma o proprietário do clube mato-grossense. (Com informações do Globo Esporte)