A secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Rosamaria Carvalho, fez duras críticas à Prefeitura de Cuiabá, pela famosa “fila do ossinho”. Para a secretária, a falta de compromisso das pessoas que administram Cuiabá pelo social prejudica diretamente a população carente da capital.
Na avaliação de Rosamaria, que atua em parceria com 140 prefeituras de Mato Grosso, Cuiabá age com descaso com os pobres e aqueles que estão na linha abaixo da pobreza.
“A culpa dessa fila e dessa situação é da Prefeitura. É o trabalho da prefeitura encontrar as pessoas que precisam da assistência social e isso ela não faz. Não cadastra essas pessoas, não dá visibilidade para elas. Para o município, elas nunca existiram. A grande pergunta que fica de tudo isso é o que a prefeitura fez até agora? Porque essas pessoas não são inseridas em programas sociais? Porque elas continuam até hoje abandonadas pelo município e nessa fila?”, questionou.
A declaração da secretária ocorre após os ataques do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e ao jingle da campanha de Márcia Pinheiro (PV), que está na disputa ao governo e faz crítica à fila dos ossinhos.
Para a imprensa, Rosamaria desafiou a prefeitura a mostrar o trabalho que realizou junto a essas famílias, para garantir a segurança alimentar.
“Quantas cestas básicas a Prefeitura de Cuiabá entregou? Qual o valor dessas cestas? Para quem entregou? Qual o programa que criou para transferência de renda? Qual o trabalho que realizou? A prefeitura precisa parar com esse jogo de empurra-empurra, porque a população não é burra. A população sabe que nada foi feito pelo município”, ressaltou.
Questionada sobre o papel do Estado e do Governo Federal, Rosamaria explicou que para que os governos estadual e federal possam ajudar e inserir esses cidadãos menos favorecidos em programas de auxílios e qualificação profissional é necessário o trabalho da prefeitura, que é a responsável por identificar essas pessoas e incluí-las em cadastros sociais.
“Como o município não age, não trabalha e não se preocupa com essas pessoas, elas ficam a margem de receber os recursos que tanto o Governo Estadual como o Governo Federal têm disponíveis”, pontuou.
Fonte: Repórter MT