A Fifa informou que irá investigar o incidente envolvendo o jornalista brasileiro Victor Pereira que teve o celular tomado por pessoas que se identificaram como policiais, no Catar, após ele filmar uma abordagem feita a voluntárias que tiravam fotografias com a bandeira do estado de Pernambuco.
Por ter um arco-íris, a bandeira foi confundida com a da causa LGBTQIAP+, símbolo proibido no país-sede da Copa. Segundo o jornalista, o celular só foi devolvido após ele apagar o vídeo com a filmagem da abordagem.
– A bandeira de Pernambuco tem aquele arco-íris. Ele pegou a bandeira da mão da menina, jogou no chão e estava pisando em cima. Minha reação na hora foi pegar o celular e filmar aquilo e ai quando eles viram que eu estava gravando e vieram para cima de mim. Um deles tirou o celular da minha mão – explicou Victor Pereira, em entrevista ao Jornal Nacional.
– O problema passou a ser o meu celular porque ele tinha o registro da pessoal pisando na bandeira de Pernambuco. E ai foi a confusão gerada em torno disso – completou o jornalista.
A abordagem, no entanto, foi filmada também por outras pessoas.
O Catar vem sendo alvo de denúncias relacionadas aos direitos humanos, como no caso dos trabalhadores migrantes que trabalharam nas obras da Copa.
Além disso é alvo de críticas pela postura sobre os direitos das mulheres e de pessoas LGBTQIA+. O Código Penal do Catar, por exemplo, proíbe a homossexualidade.
Outra polêmica sobre o assunto é a questão da braçadeira “One Love”, em apoio à comunidade LGBTQIA+ que foi proibida pela FIfa de ser usada em jogos do Mundial. (GE)