Foi publicada uma relação de obras inacabadas no estado. A maioria pertence aos municípios. Como é que pode ter mais de duas mil obras nessas condições e ficar tudo por isso mesmo?

Por que paralisaram as obras? O poder público não pagou? Como licita e contrata uma obra sem ter o dinheiro? A empresa abandonou a obra, por que? Porque não estava recebendo ou porque cobrou um preço menor para ganhar a tal licitação e depois deixa a obra pela metade?

Leia Também: 

– Municípios precisam de representatividade na Assembleia Legislativa de MT

– Na Baixada Cuiabana

– Dura realidade!

-Estranho momento nacional

-Notícias da semana

-Transporte e agroindústria!

-Na agricultura

-Na política estadual

-Regime militar e partidos políticos

-Notícias da semana

-Acorda, Cáceres

-Rezar também ajuda

-De olho na Bolívia

-A Culpa é minha e sua

-Rezar também ajuda

-Acorda, Cáceres

-Notícias da semana

-Na América do Sul

-Tecnologia e inovação em Várzea Grande

-Centro Histórico de Cuiabá
-Acorda, Cáceres

O filho do presidente e os EUA

-Nascendo a agroindústria

– Rezar também ajuda

 

Ou por que tinha que molhar a mão de alguns para ganhar aquela licitação? Ao fazer isso, a quantia que recebeu não dava para continuar a obra? E quem deveria pedir a conclusão da obra não o fez porque tinha recebido algo por baixo do pano?

Ou ainda porque o tal Projeto Executivo era inadequado? Quem cometeu aquele erro, que trás dividas para a sociedade, recebeu alguma punição? E as obras, pelo Regime Diferenciado de Contratação, em que, quem a ganha, é que tem que fazer o Projeto Executivo? Se errou, a culpa é da empreiteira que ganhou a concorrência. Ela embolsou uma bolada, foi embora e tudo fica como sempre esteve. Tem logica isso?

Por fim, quem, em nome da sociedade, dever olhar para que isso não ocorra? Ou não se tem nada nem ninguém com o fito de cobrar resultados em obras públicas? E fica tudo por isso mesmo.

Outra dúvida. Poucos dias atrás foi autorizado empréstimo de mais de 10 bilhões de reais para empresas de energia elétrica. Dinheiro para cobrir o déficit por causa da crise hídrica. Entre outras medidas, tiveram que acionar termoelétricas para manter normal o fornecimento de energia. A maioria dessas empresas está com a inciativa privada depois das privatizações do setor.

O mais sugestivo disso é que o consumidor é que vai pagar aqueles dez bilhões. Virá nas contas de todos um percentual por um bocado de tempo para cobrir o empréstimo. Que coisa mais esquisita.

Os que ganharam as privatizações nunca perdem? Ganham nas tarifas de energia quando tudo está bem nessa área. Se tem um problema, ao invés delas assumirem o ônus, passa para o consumidor? É o melhor negócio do mundo. Sempre ganham. E ainda, quando “compraram” a concessão, tiveram dinheiro subsidiado do BNDES.

Por que não abrir para empresas do exterior essas privatizações e que elas assumissem o bônus e o ônus. Não como o no caso brasileiro que empurra tudo para los de abajo.

Mais um. Em Várzea Grande já se teve três manifestações públicas da população contra empresa de ônibus que circula na cidade e que faz o trajeto para Cuiabá. Alegam que tem pouco ônibus, sempre lotados e tarifas altas.

Não são ouvidos, por que? A empresa, a prefeitura, a câmara de vereadores não poderiam encontrar uma solução para o problema? Ou vai ficar tudo por isso mesmo?

*ALFREDO DA MOTA MENEZES é PhD em História,  professor universitário aposentado e analista político  em Mato Grosso.

E-MAIL:             pox@terra.com.br   

SITE:                    www.alfredomenezes.com             

Facebook:        www.facebook.com/alfredo.damotamenezes