A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (FECOMERCIO) completou no último dia 9 de fevereiro, 62 anos de história, marcados por lutas e conquistas. Foi uma das primeiras entidades a aderir ao Movimento Pró VLT.

É uma entidade gigante do estado, que congrega a participação de 16 sindicatos patronais: do Comércio Varejista e Distribuidor; do Comércio Varejista de Calçados e Couros; de Produtos Farmacêuticos; de Tecidos, Confecções e Armarinhos; de Gêneros Alimentícios; de Material de Construções, Louças, Tintas, Vidraçaria, Ferragens, Elétricas e Hidráulicas; das Empresas de Evento e Afins; do Comercio Varejista de Rondonópolis; de Tangará da Serra; de Cáceres; de Nortelândia; das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis; do Comércio de Ópticos; e dos Representantes Comerciais de Mato Grosso.

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Mais de 66% do montante recolhido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado de Mato Grosso é do setor do comércio, contabilizando mais de 6,7 bilhões de reais pagos somente em 2018.

Hoje, a entidade é presidida pelo atuante empresário José Wenceslau de Souza Junior, mineiro de Patrocínio (MG), que labuta há mais de 40 anos na capital mato-grossense.

De acordo com José Wenceslau, “o ICMS é um dos vários tributos pagos pela sociedade, que veem o dinheiro saindo e retornando quase que nada em serviços públicos de qualidade… ano após ano, o valor arrecadado em impostos só aumenta. O recém-instalado Telão do Sistema Fecomercio/Sesc/Senac em Cuiabá passou a mostrar isso à população que transita por uma das principais avenidas da capital de Mato Grosso”.

Nos cinco primeiros meses de 2019, os mato-grossenses recolheram à União, ao Estado e Municípios, o montante de 14.166 bilhões de reais em impostos, taxas, multas e contribuições. E para onde vai esse dinheiro? É preciso retornar em melhoria da qualidade de vida do povo, o que não acontece. Por isso, a Fecomercio está na luta para a conclusão imediata das obras do VLT, um direito de os comerciantes serem transportados com dignidade sem stress, congestionamentos, poluição.

No dia 23 de setembro de 2019, o Presidente encaminhou carta ao Secretário Nacional de Mobilidade solicitando a retomada e conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) afirmando dentre outras coisas que os objetivos estratégicos do VLT pra Mato Grosso são : “tornar eficiente a prestação dos serviços, através da Rede Integrada de Transporte em regime de racionalidade operacional, priorizando-se os meios coletivos; propiciar melhores padrões de deslocamento urbano; melhorar a qualidade vida da população, mediante a disponibilização de serviços de transporte público regulares, confiáveis e seguros; salvaguardar a qualidade ambiental por intermédio do controle dos níveis de poluição – atmosférica e sonora – e pela proteção do patrimônio histórico e arquitetônico, além da redução dos custos derivados das externalidades do transporte motorizado individual, bem como a evolução na mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande”.

O comércio é um dos grandes beneficiados quando o transporte urbano funciona bem. Não à toa comerciantes se guiam pelos fluxos de passageiros e procuram se estabelecer em locais onde o acesso é mais fácil. Com o início das obras e todo o transtorno causado pelos desvios de ruas e fechamento de áreas, os que mais sofreram foram justamente os comerciantes.

Uma obra que não termina faz esse sofrimento virar permanente, fazendo com que alguns tenham inclusive que fechar ou transferir os seus estabelecimentos. Por isso, um governo que funciona bem e faz as obras nos prazos é um governo que tem apoio dos comerciantes.

O comércio é fundamental para a geração de emprego e renda, temos que favorecê-lo e fazer com que mais empregos sejam criados. Uma cidade com bom sistema de transporte, no mesmo sentido, atrai turistas e, no caso de Cuiabá e Várzea Grande, atrai também os cidadãos das demais cidades do estado para suas compras em lojas modernas e bem variadas que estão na Capital.

Comércio e transporte público são faces de uma mesma moeda.

 

*VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.

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