A Justiça de Mato Grosso condenou o produtor rural Jackson Furlan a 16 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da engenheira Júlia Barbosa de Souza durante uma briga de trânsito em novembro de 2019, em Sorriso (421 quilômestr0s ao norte de Cuiabá).
Furlan foi submetido ao Júri Popular e teve a decisão proferida pela juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da comarca do município.
De acordo com a magistrada, o assassino não poderá recorrer em liberdade e deverá cumprir a pena em regime fechado.
“Não verifico a presença de atenuantes. Apesar de ter confessado ter dado os tiros, acrescentou teses defensivas descriminantes ou exculpantes, motivo pelo qual não tem o condão de ensejar tal reconhecimento (STJ, 5ª Turma, HC:197395 2011/0031975-4, Rel. Min. Laurita Vaz, julg, em 23/04/2013, publ. Em 30/04/2013). Tampouco se verificam circunstâncias agravantes da pena, permanecendo a pena em 16 (dezesseis) anos de reclusão.”, diz a decisão.
Júlia Barbosa estava no carro do namorado, que ultrapassou uma Hilux branca, conduzida por Furlan. Revoltado com a ultrapassagem, o produtor rural perseguiu o casal e fez sinais para que parasse o veículo.
Como não foi obedecido, Jackson Furlan efetuou disparos contra o carro. Um dos tiros atingiu a cabeça da engenheira Júlia Barbosa.
Júlia foi encaminhada ao Hospital Municipal, mas chegou à unidade já sem vida. Um dia depois o crime, Jackson Furlan se entregou à Polícia Judiciária Civil.