O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), retorna ao Senado nesta quarta-feira (13) para votar na indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. A informação foi confirmada pelo Rdnews .
A indicação do presidente da República Lula (PT) será apreciada pelo Plenário da Casa. Antes, Flávio Dino passa por sabatina da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).
Essa é a segunda exoneração temporária de Fávaro em menos de um mês. No último dia 22 de novembro, já havia retornado para o Senado para votações consideradas importantes para o Executivo e para dar encaminhamento às emendas individuais que os senadores têm direito.
Os retornos estratégicos de Fávaro acontecem porque a suplente Margareth Buzetti (PSD), que apesar de ser contabilizada na base governista, já votou contra o Governo Federal em assuntos importantes, como Marco Temporal para demarcação de terras indígenas, medida que foi vetada parcialmente por Lula.
Fávaro retornará ao cargo de ministro logo após a votação da indicação de Flávio Dino ao STF. Então, Buzetti ocupará novamente seu lugar no Senado.
A estratégia do Palácio do Planalto foi alvo de críticas do também senador Jayme Campos (União Brasil), que afirmou que Fávaro teria feito “papel de bobo” já que, mesmo com a sua manobra, o Senado aprovou em dois turnos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes STF. Também defendeu Buzetti, dizendo que o retorno não é “coisa de gente decente.
Como resposta, Fávaro mandou Jayme cuidar do próprio mandato. Além disso, classificou a fala do colega de bancada como “conversa fiada de homem à toa”.
Da bancada de Mato Grosso, apenas Fávaro rejeitou a PEC. Jayme e Wellington Fagundes (PL) seguiram a maioria e votaram a favor.
Para votar indicação de Flávio Dino, Lula também irá exonerar temporariamente os ministros-senadores Renan Filho (Transportes), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), e Camilo Santana (Educação). Todos estão empenhados pela aprovação do nome do colega.
(Rdnews)